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Lucro da Caixa Seguridade cai 5% no segundo trimestre

Fonte: Valor Econômico

Por Álvaro Campos | Valor

SÃO PAULO  -  A Caixa Seguridade registrou lucro líquido de R$ 323,5 milhões no segundo trimestre, queda de 5,0% na comparação com o mesmo período do ano passado. No primeiro semestre, o lucro foi de R$ 693,6 milhões, com alta de 4,8% ante igual intervalo de 2017.

Segundo a companhia, a queda no lucro do trimestre está concentrada na redução das receitas de investimentos em participações societárias, que por sua vez foi motivada em especial pela redução no resultado financeiro dessas empresas.

Já a alta no semestre é sustentada principalmente pelo aumento das receitas de acesso à rede de distribuição e uso da marca, que reflete de imediato o aumento das vendas no caso da taxa de distribuição pelo canal “bancassurance” (conhecida pela sigla BDF).

A receita operacional da companhia caiu 14,9% na comparação anual, para R$ 391,7 milhões no segundo trimestre. Desse total, R$ 235,8 milhões vieram das participações societárias (queda de 12,5%); R$ 153,4 milhões da BDF (alta de 20,9%); e R$ 2,5 milhões de taxa de sucesso, que não havia sido registrada no segundo trimestre de 2017. A despesa operacional ficou em R$ 26,4 milhões, com alta anual de 28,4%.

“Entendemos que os produtos de seguro e previdência apresentam historicamente maior resiliência que outros produtos financeiros e que a estabilidade econômica, o que pode ser representado por um período maior com taxas de juros mais baixas, é uma oportunidade de aumento nas vendas destes produtos. Neste sentido, acreditamos que os resultados financeiros menores serão compensados por novos negócios e pelas receitas recorrentes geradas pelos recordes que hoje estão sendo batidos”, diz o relatório da administração.

A Caixa Seguridade fechou o segundo trimestre com participação de mercado de 10,4%, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), de 10,2% no primeiro trimestre e 7,9% no segundo trimestre do ano passado.

O retorno sobre o patrimônio líquido ficou em 39,9% no segundo trimestre, de 38,5% no primeiro trimestre e 38,0% no segundo trimestre de 2017.

Caixa Seguradora

Do total de receitas da Caixa Seguridade com participações societárias, 94,7% vieram da fatia na Caixa Seguradora. Os prêmios emitidos pela Caixa Seguradora ficaram em R$ 1,586 bilhão no segundo trimestre, com alta de 6,1% na comparação anual. “Os principais ramos tiveram atuação positiva neste resultado, destaque para a recuperação do seguro prestamista que cresceu 11,8%”, diz a companhia.

O lucro líquido da Caixa Seguradora ficou em R$ 312 milhões no segundo trimestre, com alta anual de 3,6%.

O índice de sinistralidade ficou em 27,1%, de 30,2% no primeiro trimestre e 26,8% no segundo trimestre. Já o índice combinado (quanto menor, melhor) ficou em 60,4%, de 64,3% e 61,2%, respectivamente.

CNP

A Caixa Seguridade também afirma em seu balanço que na primeira metade este ano concentrou esforços na finalização das negociações para a concretização do acordo com a Wiz Soluções e a CNP Assurances para a definição das atividades de corretagem na rede de distribuição da Caixa.

“Neste sentido, o processo competitivo para a escolha de parceiros para os ramos de seguros não negociados com a CNP foi provisoriamente retardado, aguardando as definições sobre os negócios de distribuição.”

No ano passado, a Caixa Seguridade iniciou estudos para a reorganização de sua parceria na exploração dos produtos de seguridade no balcão da Caixa. O processo culminou com a assinatura de um memorando de entendimentos não vinculante com a atual parceira, a CNP, que agora será transformado no acordo de associação, para os ramos de vida e prestamista. Em paralelo, foi aberto processo para escolha de parceiros estratégicos que atuarão no balcão da Caixa para a exploração da comercialização de produtos dos demais ramos: seguros habitacional, auto, riscos patrimoniais e diversos, além de consórcios.

“Reorganizadas as parcerias e definidas as estratégias de distribuição dos produtos de seguridade no balcão da Caixa, a Caixa Seguridade poderá antecipar as definições sobre o seu futuro, o que reduzirá as inseguranças nas projeções e permitirá a construção de uma tese de investimento com maior embasamento e menor nível de incerteza”, diz a companhia. “Após a assinatura dos acordos com Wiz e CNP, se for o caso, a Caixa Seguridade retomará na sequência o processo competitivo para a escolha de novos parceiros para os demais ramos de seguros e consórcio”, acrescenta.

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