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Descubra o porquê você também deveria contratar o seguro RC

Fonte: O Tempo

Profissionais liberais e executivos são os que mais contratam a modalidade de seguro de Responsabilidade Civil, também indicada para pessoas físicas que lidam com terceiros


Menos divulgado do que outros ramos de seguro, o seguro de Responsabilidade Civil (RC) tem ganhado destaque entre as corretoras. Hoje, Márcio Guerreiro, presidente da Comissão de RC da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) e superintendente de RC da HDI Global Seguros, existem mais de 30 seguradoras de olho no crescimento dessa modalidade, principalmente porque, a partir da criação em 1984 dos Juizados Especiais Cíveis, a Justiça ficou mais ágil.

“Esse é um seguro muito procurado em países desenvolvidos, principalmente por empresas, seus executivos e profissionais liberais que lidam muito com terceiros, em razão da maior consciência de direitos por parte dos cidadãos e, consequentemente, de maior grau de litígios judiciais”, enfatiza Lauro Faria, economista do Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES) da Escola Nacional de Seguros

Mas o seguro não é privilégio de profissionais liberais. “Um pessoa que tem um cachorro bravo e ele morde um transeunte corre risco de processo da mesma forma que outra que contrata um pedreiro para arrumar seu telhado e ele despenca lá de cima e vem a óbito”, exemplifica Guerreiro.

Até um contador, acrescenta ele, que erra o cálculo de Imposto de Renda de um cliente pode ser alvo de penalidade. Até os anos 80, somente multinacionais contratavam essa modalidade de seguro, mas, com a promulgação do Código de Defesa do Consumidor, em 1991, e a reforma do Código Civil, em 2002, muitos cidadãos passaram a ter interesse pelo seguro RC.

Lava Jato

Em época de operação Lava Jato, conta Guerreiro, até executivos de empresas estão pleiteando o seguro RC. Empresas de eventos, estacionamentos e shoppings, por exemplo já tem a cultura de contratar esse tipo de seguro. Companhias aéreas também já contratam obrigatoriamente.

O limite de cobertura da apólice é subjetiva, mas deve levar em conta o valor do patrimônio do segurado. “Para uma mineradora, por exemplo, não pode ser menor do que R$ 30 milhões”.

 

Números do mercado de seguro RC

0,3%: foi o crescimento do seguro RC em 2017 em relação a 2016

167%: foi o crescimento do seguro RC no ano passado em relação a 2008

2,3%: é quanto representa o RC no total de prêmios no Brasil em 2016

 

 

Modalidade cresce frente os seguros auto e de vida

Mesmo menos popular do que os seguros automotivo, residencial e de vida, no período de 2008 a 2017, os prêmios do seguro de Responsabilidade Civil (RC) passaram de 3,9% para 4,7% os prêmios de seguro automotivo; de 65,4% para 60,4% os prêmios do seguro residencial; e de 8,5% para 11,7% os prêmios dos seguros de vida. No acumulado de 12 meses, esse crescimento foi da ordem de 0,3% no ano passado em relação a 2016 e de 167% em relação a 2008.

Se comparada com países desenvolvidos, a venda do seguro RC é tímida no Brasil. O volume de comercialização nos Estados Unidos foi de US$ 115 bilhões, segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico ou Econômico (OECD, na sigla em inglês), o que representou 9% do total de prêmios de ramos elementares (seguros de danos e propriedades). Para se ter uma ideia, no Brasil esse percentual foi de apenas 2,3%.

O seguro RC – mais precisamente o seguro de Diretores e Executivos de Empresas (Públicas ou Privadas), o denominado D&O – nasceu nos Estados Unidos na década de 30 e passou a ser mais conhecido no Brasil a partir de meados de 2000, com a chegada de mais investidores estrangeiros, bem como a entrada de grandes resseguradores internacionais no mercado nacional. O seguro garante proteção ao patrimônio dos executivos quando eles estão expostos a reclamações por prejuízos causados a terceiros, decorrentes de seus atos de gestão.


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