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Novo instituto quer mais diversidade no setor de seguros

Fonte: Valor Econômico

As mulheres representam mais da metade dos profissionais que atuam na área de seguros no Brasil. Isso não quer dizer, no entanto, que elas estejam avançando de forma igualitária aos cargos de liderança em suas companhias. Embora algumas ações para ampliar a participação feminina estejam em curso em algumas empresas, o setor como um todo precisa se empenhar mais para diminuir essa diferença de oportunidades entre gêneros.

Esse é o objetivo do novo Instituto pela Diversidade e Inclusão no setor de Seguros (Idis) que foi lançado ontem. Criado por um grupo de executivas do setor, o instituto sem fins lucrativos quer promover mais discussões relacionadas a gênero, raça e orientação sexual. "O mercado precisa ter mais diversidade, ele ainda é muito tradicionalista", diz a executiva Vera Carvalho Pinto.

Vera é uma das fundadoras do Idis junto com Valéria Schmitke, da Zurich, e Ana Paula Santos, da Care Plus. As executivas se conheceram na Confederação Nacional de Seguradoras (CNSeg), onde começaram a idealizar o instituto. A intenção é, ao longo do ano que vem, começar a oferecer mentoria, realizar estudos, treinamentos on-line e debates sobre diversidade.

Uma pesquisa da Escola Nacional de Seguros indicou que as mulheres representam 56% dos profissionais da área, contra 44% de homens. Nos cargos executivos, a participação feminina cai para 28% e a dos homens sobe para 72%. Na gerência, elas avançam para 39% e eles descem para 61%. "Na hora da promoção ainda existe muita inércia, ela acaba ficando sempre no clubinho", diz Valéria. O levantamento foi feito com 18 companhias, totalizando 27 mil funcionários, o que representa quase 90% de todo o setor.

As executivas defendem que ter mais mulheres em cargos de liderança é fundamental para a indústria de seguro, que cada vez mais quer oferecer produtos customizados. As mulheres representam outros tipos de risco e vem ganhando produtos específicos. Um exemplo é o seguro de automóvel. Estatisticamente, as condutoras apresentam menores taxas de sinistralidade e acabam pagando preços mais baixos em comparação com os homens. No seguro de vida são incluídas assistências para as mulheres diagnosticadas com câncer que incluem, por exemplo, a peruca ou a assistência nutricional. "O risco é deixar que elas fiquem de fora dessa discussão", diz Ana Paula.

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