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Seguros de vida em ambiente de mudanças constantes

Fonte: Valor Econômico 

Por Luciana Bastos

A cada microssegundo das nossas vidas fazemos escolhas. Tais escolhas guardam relação direta com as necessidades humanas e conforme a chamada Teoria de Maslow, são agrupadas em cinco níveis: fisiológicas, segurança, social, status e auto-realização. Obviamente que na correria do dia a dia não paramos para fazer essas classificações e nem tampouco elas acontecem de forma tão estruturada e segmentada.

Vivemos em mundo VUCA (em inglês) ou VICA (em português), um acrônimo que surgiu no vocabulário americano na década de 90, que traduz cenários instáveis e muitas vezes complexos dos campos de guerra. VUCA guarda relação direta com o ambiente de negócios, na sua gestão de risco. Traduzindo, um ambiente volátil, incerto, complexo e ambíguo.

Volátil porque o mundo está cada vez mais líquido e inconstante. As decisões mudam conforme novas informações são agregadas, o que acontece em uma velocidade nunca antes vivida.

É incerto porque o alto volume de informações faz com que o próximo passo seja duvidoso, muitas vezes pelo fato de que os dados que norteiam qualquer processo decisório são incompletos - nunca se compartilhou tanto os momentos on-line, e definitivamente estes não trazem todas as informações necessárias e fidedignas para que a experiência seja replicada.

Complexo pois são tantas variáveis que influenciam as nossas escolhas, que deixou de ser trivial correlacioná-las, muito em função das infinitas formas de se relacionar que existem atualmente.

Finalmente, é ambíguo por fazer escolhas em um ambiente que aceita diversas possibilidades. Isso traz uma ambiguidade que muitas vezes parece que a inércia é a melhor escolha. Entender a natureza do problema passou a ser uma competência e habilidade de poucos.

No Brasil, 2019 começou VUCA, com tragédias anunciadas que envolvem os quatro elementos da natureza: água, terra, fogo e ar. Neste momento, a necessidade de Maslow relacionada à segurança entra em cena, nos faz refletir sobre proteção e colocamos na nossa agenda de reflexão o famoso "e se acontecesse comigo"?

E o que isso tudo tem a ver com escolhas? Escolher se proteger contra eventos infortúnios e aleatórios depende de uma atitude de se mover, sair do lugar, usar um microssegundo para se informar sobre proteger a vida.

Ninguém compra um carro zero e sai da concessionária sem seguro. É uma escolha e um movimento. Por que saímos de casa sem seguro de vida? Um carro vale mais que a nossa vida?

Apenas 10% da população brasileira se preocupa também em proteger a vida. E os outros 90%? Assim como a morte, seguro de vida é algo que não se deseja pensar. Dados de uma pesquisa realizada pelo Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil (Sincep) mostram que 10% dos entrevistados acreditam que falar sobre o tema atrai a morte e 79% acham que nunca é a hora certa de conversar sobre o assunto.

Eventos aleatórios postergam planos e o seguro cumpre sua função social de confortar indivíduos nos momentos mais difíceis de mudança, sobretudo se for a perda de uma referência da família. Uma invalidez total ou parcial, um diagnóstico de uma doença grave que muitas vezes pode vir a interromper a capacidade de gerar renda, mudam também a estrutura familiar.

O valor do seguro pago em vida pode ser utilizado para a readaptação de uma casa, por exemplo, para atender necessidades especiais. Ou seja, cada um irá utilizar o recurso recebido para um novo recomeço.

Engana-se quem acha que seguro de vida é apenas para quem tem dependentes ou dinheiro sobrando para pagar porque é um item de luxo no orçamento familiar. Proteções existem a partir de R$ 10 por mês e a variação depende da necessidade de cada um.

O seguro de vida deve fazer parte do planejamento financeiro de uma família, independente do tamanho do patrimônio, pois existe o custo da transferência da herança, que é um valor bruto de impostos e custos com inventários. Para torna-la líquida, o seguro de vida cumpre este papel perfeitamente, uma vez que o valor a ser recebido pela família não é inventariado, ou seja, um recurso líquido que poderá ser acessado em até 30 dias do aviso do sinistro à seguradora pelos beneficiários.

Uma outra reflexão a ser feita é que o seguro protege a morte econômica da família e mantém a qualidade de vida. Sob o ponto de vista de quem modela esses tipos de produtos, recorrer a personas como uma ferramenta de usabilidade que utiliza pessoas fictícias para representar usuários, ajuda a definir objetivos e desejos reais. A experiência centrada no indivíduo traz uma reflexão das gerações e que dado histórico não representa futuro uma vez que as necessidades mudam e rápido.

Cada apólice de seguro é única por isso sua revisão constante deve ser feita, pois a vida é feita de ciclos.

Luciana Bastos é diretora de desenvolvimento de produtos de vida da Icatu Seguros

E-mail: lbastos@icatuseguros.com.br

Este artigo reflete as opiniões do autor, e não do jornal Valor Econômico. O jornal não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.

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