A importância do seguro no planejamento financeiro
Para tipos de eventos não planejados, transferir riscos para uma seguradora é a melhor forma de se proteger e evitar dores de cabeça.
Durante meus anos no exterior aprendi muito observando outros costumes. O árabe quando dá a sua palavra nos negócios, geralmente, não muda de ideia. Após bater o martelo, ainda que possa aparecer outra pessoa negociando por menor valor, provavelmente manterá sua palavra. É algo típico da cultura, era assim que os beduínos agem desde tempos remotos, quando saíam em suas caravanas, daí a história desse costume.
Agora vamos ao americano e ao japonês com a cultura de seguros, ambos influenciados pelo alto custo de sucessão patrimonial. É costumeiro falar de investimentos tendo primeiro como base a gestão de riscos. Como se geraria renda em uma situação de invalidez? Quanto custa uma invalidez? Eu observei alguns casos de pessoas que se acidentaram em um país estrangeiro, e suas embaixadas não se mobilizarem para ajudar. Já vi a necessidade da compra de quatro assentos de avião somente por transporte permitido de maneira horizontal para a repatriação da pessoa acidentada ao seu país de origem. Quem arca com esses custos? São muitos os eventos não planejados e que que podem acontecer.
No Brasil, mesmo com uma das certificações mais importantes do mercado financeiro, como a CFP abordando o módulo seguros e sucessão, muitos profissionais que inclusive a tem, não percebem a importância da gestão de riscos. A idéia principal do seguro é evitar descapitalizar perante eventualidades, pois dependendo do imprevisto, as reservas de emergência podem não ser suficientes para manter uma família na falta do principal provedor, para iniciar processos de inventário ou falta da renda devido a invalidez. Em algum momento, as economias podem acabar, não sendo mais suficientes para cobrir os gastos. Para esses tipos de eventos não planejados, transferir os riscos para a seguradora é a melhor forma de se proteger e evitar dores de cabeça.
É comum as pessoas confundirem a nomenclatura de seguros. Um seguro é um contrato entre duas partes, na qual a seguradora tem a responsabilidade de indenizar o segurado (a) ou sua família, no caso de algum evento imprevisto danoso (sinistro), mediante o pagamento de uma importância em dinheiro mensal ou anual (que se chama prêmio). O montante total disponível em caso de sinistro tem por nome capital segurado.
Um equívoco comum também no Brasil é pensar que seguro de vida deve ser feito somente por pessoas com idade avançada. Quanto mais novo se faz um seguro de vida, melhor é o preço praticado pelas seguradoras, já que são considerados clientes de baixo risco. Aí vem a grande vantagem de comprar uma apólice nos moldes americanos, diminuindo gastos com o passar dos anos. Para isso é importante escolher uma seguradora com excelentes ratingsde crédito, e ter a tranquilidade de ter parte do patrimônio gerido por uma instituição sólida, por meio de um instrumento impenhorável. Uma vez que o seguro garante estabilidade financeira às famílias, mantendo o padrão de vida dos beneficiários, até que possam se reerguer após a perda do segurado – na maioria das vezes o provedor do lar – sem a preocupação de sofrer constrição no momento do recebimento do capital segurado. Sendo assim, o seguro faz parte do planejamento financeiro. De nada adianta investir seu capital e construir patrimônio, se não houver o mínimo de segurança para esses investimentos. É melhor deitar a cabeça no travesseiro e saber que você e sua família estão amparados e blindados financeiramente. Em situações difíceis, muito provavelmente, o dinheiro será a última coisa em que você vai querer se preocupar.
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