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Seguro contra dívidas cresce 23% em volume de contratações em um ano

Fonte: Extra

Para o analista Marcos dos Santos, o seguro evitou endividamento com seu condomínio

O risco de desemprego e o crescimento do número de brasileiros endividados — percentual de famílias com dívidas em atraso, em setembro, ficou em 65,1%, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC) — têm levado ao aumento das contratações do chamado seguro prestamista. Na prática, ele cobre opagamento de dívidas em caso desemprego, perda de rendamorte ou invalidez. A modalidade registrou alta de 23,79% no volume de contratações, no primeiro semestre de 2019, na comparação com mesmo período do ano passado, movimentando R$ 6,8 bilhões em prêmios, segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).

O seguro é usado como garantia para operações financeiras, como empréstimos, cheque especial, cartão de crédito, consórcios e financiamentos. Sua contratação não é obrigatória, exceto para financiamento de imóveis. Ao aceitar a cobertura, o consumidor paga o valor do seguro junto com as prestações do produto.

— Esta proteção é fundamental em tempos de incerteza e evita que o consumidor perca a possibilidade de financiar suas compras —avalia Jorge Nasser, presidente da Fenaprevi.

Para o analista de sistemas Marcos dos Santos, de 57 anos, a apólice impediu seu endividamento quando ele perdeu o emprego. No caso de Santos, o seguro cobria o pagamento da taxa do condomínio onde mora.

— Eu paguei durante um ano um valor de R$ 7 mensais junto com o condomínio. Depois, quando precisei, eles cobriram a mensalidade por seis meses — conta Santos.

— Normalmente, são trabalhadores sem carteira assinada ou emprego fixo, autônomos e profissionais liberais. O maior volume de seguros é para compra de bens de consumo e mais da metade são apólices com valores de até R$ 5.

Venda deve ser feita separadamente

De acordo com as regras da Superintendência de Seguros Privados (Susep), o seguro prestamista não pode ser comercializado diretamente de bancos ou seguradoras para o consumidor. A instituição financeira ou credora faz um acordo com as seguradoras para oferecer o seguro aos seus clientes, assim, se a empresa em questão não tiver o acordo, não é possível contratar sozinho este tipo de seguro.

— A SulAmérica tem parcerias com bancos e cooperativas de crédito — exemplifica Renato Ribeiro, superintendente de Relacionamento Vida da SulAmérica, revelando o ticket médio dos seguros da empresa: — É de R$ 27,54 e conseguimos saber que 90% dos nossos segurados são pessoas físicas. Para elas, é uma tranquilidade e o custo não passa de 10% das parcelas da eventual dívida.

Nancy Rodrigues, diretora de Seguro de Pessoas da Toquio Marine Seguradora, lembra que a Resolução 365 da Susep tornou mais claros os critérios de comercialização do seguro prestamista:

— A norma diz que a venda do seguro deve ser feita de forma apartada do produto ou serviço que está sendo contratado e não atrelado a uma obrigação financeira do contratante — lembra Rodrigues.



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