Com associação Bradesco perde a liderança
Fonte: Portal Exame
A inesperada associação entre a Porto Seguro e o Itaú Unibanco, anunciada nesta segunda-feira (24), pegou o mercado de surpresa. Na semana passada, a seguradora informou que as negociações com o Bradesco haviam sido abandonadas, mas não deu sinais de que a aproximação com o concorrente estava no gatilho. Com a associação, o Itaú Unibanco toma a liderança no setor de seguros de automóveis e mantém a primeira posição no segmento de residência (confira ranking abaixo).
Só no ramo de automóveis – o mais popular em seguros – a nova empresa terá 30% do mercado contra 15% do Bradesco, na segunda posição. O Bradesco já estava ameaçado desde a fusão do Itaú com o Unibanco, que criou o maior banco privado do país.
A operação é mais um exemplo do investimento de bancos na área de seguros que viu no setor uma saída para aumentar o lucro, já que as possibilidades de elevar a carteira de crédito via grandes aquisições estão praticamente esgotadas no Brasil. A presença das grandes instituições financeiras nesse segmento já é expressiva. Segundo a americana Bank Insurance Market Reasearch Group (BIMRG), no Brasil as seguradoras ligadas a bancos responderam por cerca 80% do lucro do setor em 2007. Entre os bancos, o Bradesco é hoje o que conta com maior fatia de seguros na participação de seus lucros – um total de 34%.
"É uma estratégia defensiva do Itaú Unibanco que vai aumentar sua exposição no setor de seguros. É um importante movimento agora que os juros caíram e o crédito retraiu, o que poderia impactar negativamente o resultado”, diz a analista Mariana Taddeo, da Link Investimentos. Para o consultor Francisco Galiza, da Rating de Seguros, a formação do conglomerado é positiva. “O consumidor busca segurança e numa empresa grande como essa que será formada depois da associação é mais uma garantia de oferta de bons serviços”, diz ele.
Segundo Mariana Taddeo, no começo de 2008 as seguradoras ligadas a bancos diminuíram o preço das apólices para ampliar a participação de mercado. Para não perder para a concorrência, a Porto Seguro, então líder isolada com 20% do mercado, também foi obrigada a baixar seus preços. Num primeiro momento a medida impactou negativamente o resultado da empresa, mas houve uma recuperação pouco tempo depois.
Com a associação, a Porto Seguro será beneficiada pela rede de 4.917 pontos de distribuição do Itaú Unibanco, o que implicará numa redução de custos de comercialização e distribuição. O negócio também abrange um acordo operacional para oferta e distribuição, em caráter exclusivo, de produtos residenciais e de automóveis para os clientes da rede Itaú Unibanco no Brasil e no Uruguai.
A operação impactou diretamente os papéis da seguradora no pregão desta segunda-feira (24). Às 16h36, as ações ordinárias da Porto Seguro (PSSA3) registravam forte alta de 9,62%.
AUTOMÓVEIS
Porto Seguro-Itaú Unibanco
Bradesco Auto/RE
SulAmérica
Mapfre Vera Cruz Seguradora
Brasil Veículos Companhia de Seguros
Liberty Seguros
HDI Seguros
Allianz Seguros
Azul Compahia de Seguros Gerais
Tokio Marine
Só no ramo de automóveis – o mais popular em seguros – a nova empresa terá 30% do mercado contra 15% do Bradesco, na segunda posição. O Bradesco já estava ameaçado desde a fusão do Itaú com o Unibanco, que criou o maior banco privado do país.
A operação é mais um exemplo do investimento de bancos na área de seguros que viu no setor uma saída para aumentar o lucro, já que as possibilidades de elevar a carteira de crédito via grandes aquisições estão praticamente esgotadas no Brasil. A presença das grandes instituições financeiras nesse segmento já é expressiva. Segundo a americana Bank Insurance Market Reasearch Group (BIMRG), no Brasil as seguradoras ligadas a bancos responderam por cerca 80% do lucro do setor em 2007. Entre os bancos, o Bradesco é hoje o que conta com maior fatia de seguros na participação de seus lucros – um total de 34%.
"É uma estratégia defensiva do Itaú Unibanco que vai aumentar sua exposição no setor de seguros. É um importante movimento agora que os juros caíram e o crédito retraiu, o que poderia impactar negativamente o resultado”, diz a analista Mariana Taddeo, da Link Investimentos. Para o consultor Francisco Galiza, da Rating de Seguros, a formação do conglomerado é positiva. “O consumidor busca segurança e numa empresa grande como essa que será formada depois da associação é mais uma garantia de oferta de bons serviços”, diz ele.
Segundo Mariana Taddeo, no começo de 2008 as seguradoras ligadas a bancos diminuíram o preço das apólices para ampliar a participação de mercado. Para não perder para a concorrência, a Porto Seguro, então líder isolada com 20% do mercado, também foi obrigada a baixar seus preços. Num primeiro momento a medida impactou negativamente o resultado da empresa, mas houve uma recuperação pouco tempo depois.
Com a associação, a Porto Seguro será beneficiada pela rede de 4.917 pontos de distribuição do Itaú Unibanco, o que implicará numa redução de custos de comercialização e distribuição. O negócio também abrange um acordo operacional para oferta e distribuição, em caráter exclusivo, de produtos residenciais e de automóveis para os clientes da rede Itaú Unibanco no Brasil e no Uruguai.
A operação impactou diretamente os papéis da seguradora no pregão desta segunda-feira (24). Às 16h36, as ações ordinárias da Porto Seguro (PSSA3) registravam forte alta de 9,62%.
AUTOMÓVEIS
Porto Seguro-Itaú Unibanco
Bradesco Auto/RE
SulAmérica
Mapfre Vera Cruz Seguradora
Brasil Veículos Companhia de Seguros
Liberty Seguros
HDI Seguros
Allianz Seguros
Azul Compahia de Seguros Gerais
Tokio Marine
RESIDÊNCIA
Itaú Unibanco-Porto Seguro
Bradesco Auto/RE
Santander
Caixa Seguradora
Tokio Marine
Mapfre Vera Cruz Seguradora
Ace Seguradora
Cardif do Brasil
HDI Seguros
Maritima
Fonte: Susep
Bradesco Auto/RE
Santander
Caixa Seguradora
Tokio Marine
Mapfre Vera Cruz Seguradora
Ace Seguradora
Cardif do Brasil
HDI Seguros
Maritima
Fonte: Susep
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