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Àrea de seguros se volta para a baixa renda

Fonte: Valor Econômico

Assim como o banco, a Bradesco Seguros e Previdência vem centrando suas apostas nas emergentes classes C e D para seguir na liderança de mercado. A estratégia, pelo que pode ser conferido no balanço do primeiro trimestre de 2010, apresentado ontem pela empresa, tem funcionado. O faturamento alcançou R$ 7,196 bilhões nos segmentos de seguros, capitalização e previdência complementar. O lucro de R$ 703,4 milhões representou uma evolução de 8,2% em relação ao mesmo período do ano passado - e contribuiu para o resultado do grupo em 33%.

"Em termos de volume, os prêmios de seguro para essa camada da população não são ainda tão significativos, porque os valores são baixos", explica Marco Antonio Rossi, presidente da seguradora. "O mais importante é que estamos preparando novos consumidores." A representatividade dessas operações mais populares, no entanto, é considerável - e é justamente essa massa que tende a compensar o tíquete baixo. Dos 33 milhões de clientes atendidos pela Bradesco Seguros, 20 milhões compram produtos abaixo de R$ 20.

"Criamos produtos para um segmento que antes não era atingido", diz Rossi. Agora, é aguardar para que essa iniciação se transforme em "cultura" (para usar um jargão comum do mercado). Um exemplo é o "primeira proteção Bradesco", seguro de acidentes pessoais que exige pagamentos mensais de apenas R$ 3,50. A linha de seguros residenciais é outro produto cuja colocação no mercado vem sendo intensificada.

A expansão das operações de seguro e previdência passa também pelo melhor aproveitamento da base de clientes do banco. Hoje, cerca de 40% dos correntistas do Bradesco têm algum tipo de seguro. "Não é difícil imaginar que temos uma outra seguradora dentro do banco", afirma Rossi, se referindo ao universo de clientes do banco que ainda pode ser explorado. "Precisamos ocupar melhor esse espaço."

Enquanto as estratégias para ocupação desse espaço são postas em prática, a Bradesco Seguros mantém os esforços de redução do número de sinistros. De um ano para cá, o índice caiu de 73,7% para 73,3%. (AL)

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