Segurador aposta em crescimento até 2015

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Pesquisa da Accenture, consultoria multinacional de gestão e serviços de tecnologia, realizada junto a 30 importantes seguradoras do Brasil, mostra que a expectativa dos seguradores é de crescimento, de forma sustentada, do Produto Interno Bruto (PIB) acima de 4% ao ano até 2015, desempenho que é apontando como favorável à criação de oportunidades de expansão em todos os ramos de seguros. Com essa avaliação sobre a retomada do crescimento, as seguradoras revelam-se mais otimistas que em 2008, ano da última pesquisa.

Outra perspectiva para 2015 é que com da redução da taxa de pobreza e o aumento da classe média brasileira, que poderá chegar a 100 milhões de indivíduos, o mercado segurador brasileiro atraia novos consumidores diretos de produtos de seguros.

GASTOS. A pesquisa detecta ainda que os seguradores pretendem manter a intenção de reduzir despesas nas três principais esferas financeiras: administrativa, operacional e de comercialização. Entre os entrevistados, a tecnologia ainda é vista como elemento gerador de eficiência operacional, redutor de custos e diferenciador diante da concorrência.

Outra conclusão indicada pela pesquisa é a crença dos seguradores na manutenção dos movimentos de fusão e aquisição, bem como no aumento da competição interna e no desenvolvimento de novos ramos de seguros. Eles acreditam que o crescimento das vendas será elevado nos produtos de pessoas, saúde e previdência, com destaque para o seguro prestamista, que quita o saldo devedor de financiamento contraído pelo tomador, em caso de falecimento ou invalidez total e permanente.

No segmento da distribuição, a pesquisa revela que os seguradores apontam o corretor com maior potencial de crescimento até 2015, seguido por varejistas, agências bancárias e, em quarto lugar, a internet.

Entre os entrevistados, as avaliações são ainda modestas quanto aos benefícios reais trazidos pela abertura do mercado de resseguros.

Responsável pela pesquisa na Accenture, Silas Devai acredita que as empresas melhor posicionadas no mercado de seguros serão aquelas que estabelecerem um curso de ação que equilibre prioridades de retorno de curto prazo com a necessidade de investimento na transformação estratégica.

"As empresas que se adaptarem com mais rapidez e eficiência, através de processos, organização e tecnologia, conseguirão vantagens realmente diferenciadas", receita o executivo.