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Seguradoras vendem apólices em redes sociais e no Twitter

Fonte: Brasil Econômico

Canais alternativos se somam aos antigos e visam o atendimento e a interação com o usuário conectato

O mercado de seguros está esperando um crescimento acelerado nos próximos anos, sustentado pelo aquecimento da economia e a ascensão das classes de renda mais baixa. Mas, para buscar consumidores que não estão acostumados a adquirir apólices, além da nova geração que não utiliza canais tradicionais de compra, a indústria de seguros tem corrido atrás de canais alternativos de distribuição massificada de apólices, que também reduzam custos operacionais.

Mídias sociais, venda porta a porta e até tecnologia para TV digital já estão disponíveis. ''Em seguros massificados e micros seguros, algumas coisas são determinantes, como inovação em produto e modelo de distribuição e cobrança'', diz Wladimir Chinchio, diretor de operações da Vayon, empresa de negócios e TI voltada exclusivamente ao mercado segurador. A companhia desenvolveu uma plataforma de vendas que permite usar como canais o celular e mídias sociais, como o twitter.

O sistema é flexível e permite diversos cenários e utilidades, mas de forma geral a venda pelo celular acontece da seguinte forma: o corretor de seguros, o vendedor direto ou qualquer pessoa que comercialize as apólices envia por meio de SMS (Short Message Service ) o CPF e o número do telefone celular do segurado, além do código do seguro contratado. Por meio de parcerias com serviços de birô de crédito, como Serasa e Associações Comerciais, o sistema obtém os dados básicos do cliente por meio do CPF para a emissão da apólice. O segurado recebe um SMS confirmando a contratação e indicando um site onde a apólice pode ser consultada e impressa. O piloto do sistema está rodando em três seguradoras, cujos nomes não foram revelados.

''Agora estamos desenvolvendo um aplicativo para TV digital, algo em que os bancos já estão trabalhando, para que os seus serviços sejam acessados por ali'', comenta Chinchio (leia mais na matéria ao lado).

Mídias sociais

Em um primeiro momento, as mídias sociais começaram a ser utilizadas pelas empresas como mais um canal para marketing e propaganda institucional. Mas elas perceberam que aí reside um canal de vendas e relacionamento com o cliente. Assim como a construtora Tecnisa fechou na semana passada a venda um apartamento pelo Twitter, a Porto Seguro já conduziu a venda de seguros pela rede, além de atendimento e acompanhamento de sinistros.

'''É mais um canal de atendimento e interação com o usuário'', afirma Rafael Caetano, gerente de canais eletrônicos e marketing direto da Porto Seguro. A seguradora é reconhecida como uma das que melhor explora as potencialidades das mídias sociais. Para isso, existe um profissional da área de canais eletrônicos e outro do SAC dedicados a explorar a rede.

Na outra ponta

Meios de distribuição antigos, como o porta a porta também estão no radar. A Classic Corretora de Seguros, especializada na distribuição de apólices de forma massificada, por exemplo, está em processo final de negociação com uma distribuidora de gás de grande porte para a oferta de seguros. Já a corretora Marsh tem uma operação em uma empresa de energia elétrica do Nordeste em que, no momento da medição do consumo de energia, é oferecido um seguro de acidentes pessoais. ''Essas operações reduzem muito o custo de operação, pois eliminam a papelada, além de aumentarem a rapidez e a segurança, pois fica tudo registrado eletronicamente'', diz Paulo Kudler, gerente executivo da Marsh Affinity.

Tradicionalmente, seguros de menor valor são distribuídos de forma massificada por meio do varejo ou das contas de serviços de energia elétrica ou telefonia. Segundo Rubens Nogueira Filho, presidente da Classic, o canal de utilities (energia elétrica e telefonia) já está saturado. As 65 empresas do segmento atuantes no Brasil já têm suas bases de clientes exploradas. Mas no varejo ainda há muito espaço para crescer. ''Mapeamos cerca de 420 redes de varejos de médio porte que não têm nenhuma oferta de seguro'', diz Nogueira.

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