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Seguro tem de ser bem planejado e balanceado

Fonte: IG

Boa proteção começa com um ótimo programa, bem balanceado, projetado por um corretor com expertise em todos os segmentos

A maioria dos consumidores tem pelo menos uma grande falha ou inconsistência em seu programa de seguros e, numa eventualidade, esse equívoco representa um imenso desastre financeiro.

O que falta nos programas de quase todo mundo é um corretor de seguros com efetivo conhecimento sobre todas as áreas de seguro, que possa montar um plano de proteção equilibrado para a família, com todos os limites de cobertura adequados e os grandes riscos cobertos. E, é claro, um corretor que se certifique de que os prêmios sejam prudentes e razoáveis, de acordo com as coberturas adquiridas. Não é fácil para um leigo fazer esses cálculos sozinho, mas a responsabilidade de minimizar o impacto de eventuais sinistros é muito grande, porque eles afetam – e muito – o orçamento familiar.

Um corretor de seguros pessoal, tal qual um médico de família, deve supervisionar o programa de seguros do cliente como um todo e manter-se em constante contato com ele, informando-o sobre novas coberturas, mudanças de legislação e outros fatos relacionados a riscos.

Na maioria das famílias, mesmo nas mais favorecidas, o que se costuma encontrar é seguro de automóvel com um corretor e um seguro de vida (e ocasionalmente um seguro saúde) com outro corretor, cada um especializado na sua área, mas totalmente desconhecidos um do outro – provavelmente, eles nunca mantêm contato para traçar a melhor estratégia para o cliente.

Além disso, é comum haver também uma apólice de seguro de vida em grupo, paga pelo empregador do chefe da família ou do casal, com uma cobertura restrita, que dificilmente ultrapassa 24 meses de salário. E, pior, quando o funcionário deixa a empresa, fica sem a cobertura.

É freqüente ainda haver um seguro-saúde, igualmente ligado à empresa empregadora, geralmente sem grandes explicações sobre as opções disponíveis e as mais adequadas àquele profissional e sua família – na maior parte dos casos é um contrato de adesão, único, igual para todo o quadro funcional.

Além disso, dificilmente há um seguro de invalidez de longo prazo ou uma apólice de morte acidental em caso de acidente aéreo e outros tipos de acidentes, a menos que tenha sido oferecida pelo cartão de crédito. A cobertura de responsabilidade civil por acidente no seguro residencial geralmente não cobre as efetivas necessidades de um sinistro. Pior: o seguro de automóvel com responsabilidade civil de R$ 50.000,00 por veículo que a maioria dos motoristas tem é insuficiente no ambiente processual atual – ou seja, a família está, na prática, desprotegida.

Boa proteção inclui customização

Boa proteção começa com um ótimo programa de seguros, bem balanceado, projetado por um corretor com expertise em todos os segmentos de seguros ou, no máximo, dois profissionais especializados e bem entrosados, que arquitetam tudo de forma customizada.

Para uma família jovem, de quatro pessoas, com uma renda conjunta de R$ 100.000,00 por ano e um patrimônio de R$ 150.000,00, seria necessário, por exemplo, um seguro de vida total de R$1milhão, em sua maior parte para cobrir os anos de crescimento dos filhos.

Outra necessidade seria um seguro de doenças graves que garanta uma indenização em caso de câncer, infarto ou acidente vascular cerebral – esse tipo de apólice prevê pagamento de uma quantia em dinheiro para cobrir os custos indiretos da doença e amenizar seu impacto financeiro.

Não se pode esquecer ainda de um bom seguro-saúde — em grupo ou individual — com coberturas elevadas para os riscos maiores, ou seja, exames e cirurgias complexos. Se for feito pelo empregador, o corretor de confiança da família pode orientá-lo sobre o que perguntar e quando vale a pena pagar por coberturas acessórias ou complementares.

Outro seguro importante é o que cobre o domicílio da família: é imprescindível um seguro residencial de valor que permita sua reposição integral, incluindo perdas causadas por riscos especiais, principalmente os riscos de responsabilidade civil. E também reposição dos bens da residência, em caso de roubo, pelo valor de novo, sem depreciação do bem furtado/roubado.

O seguro de automóvel, claro, não deve deixar margem para surpresas desagradáveis: precisa incluir coberturas para colisão, incêndio, roubo, responsabilidade civil adequada, inclusive danos morais, carro reserva, coberturas para vidros e outras assistências.

Também é bom lembrar que seguro bom é aquele que foi desenhado para a sua família – o do vizinho pode ser ótimo para ele e um tiro no pé para você. Seguro não é um papel para se esquecer na gaveta e ir pagando todo mês – um bom programa de seguros pode e deve contar com aditivos e alterações, conforme as necessidades específicas da família vão mudando.

Samy Hazan é superintendente de Planejamento & Seguro de Pessoas da Marítima Seguros (samy@maritima.com.br)

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