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Cesce pretende investir US$ 30 mi no país até 2014

Fonte: Valor Econômico

Negócios da empresa podem crescer 25% com Copa no Brasil

Com as obras para a Copa do Mundo de 2014 começando a sair do papel, a seguradora espanhola Cesce pretende ampliar seus negócios no Brasil em 25%. Atenta à nova onda de projetos de infraestrutura no país, a companhia, que tem como principais acionistas os grupos Santander e BBVA, além do governo espanhol, planeja investir US$ 30 milhões no Brasil até o início do próximo mundial de futebol.

Para aproveitar as oportunidades que serão criadas não só pela Copa, mas também pelas Olimpíadas de 2016, a seguradora vai desenvolver um novo modelo de negócios, migrando seu foco de pequenas e médias empresas para grandes grupos. Estamos adaptando nossa capacidade financeira para atender a obras de grande porte, que irão movimentar cifras históricas. Por isso, nosso projeto prioritário é o de garantias, afirma Joaquín de La Herrán, diretor geral da Cesce.

Em visita ao Brasil, o executivo mostrou-se confiante quanto aos preparativos para a Copa, apesar do cronograma apertado e dos atrasos em algumas obras. Não vejo riscos além daqueles presentes em qualquer project finance. Dúvidas quanto a prazos sempre existem, disse Herrán . Há a perspectiva de boa rentabilidade a médio prazo, e o sistema financeiro, quando vê isso, toma risco. Não faltarão recursos para projetos no Brasil, complementou, sem arriscar um palpite quanto ao volume de crédito que deverá ser empregado nas obras.

Herrán revela que a Cesce já mantém conversas com a também espanhola CAF (Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles), uma das interessadas no projeto do trem-bala que ligará as cidades de Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. Para ele, o interesse estrangeiro pelo Brasil é assegurado pela estabilidade política e econômica conquistada nos últimos anos.

Por enquanto, porém, os negócios da Cesce em terras brasileiras são modestos. A companhia responde por menos de 10% dos prêmios de seguros garantia no país, ocupando a quinta posição entre as seguradoras que atuam nesse segmento, de acordo com dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Os esforços de expansão da seguradora no Brasil, entretanto, não devem se concentrar apenas no segmento de seguro garantia. Os serviços à exportação, que incluem análise da carteira de compradores e de risco político dos países de destino, além do seguro de crédito, também estão na lista de prioridades da seguradora. O Brasil é um país que utiliza pouco os serviços de gestão de risco comercial. Por isso há muito espaço para crescer, diz o diretor geral da Cesce.

Pelos seus cálculos, o risco tomado pelas seguradoras no Brasil é de cerca de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Na Espanha, esse percentual chega a 60%.

Apesar da baixa procura por seguros no Brasil, Herrán vê como positiva a possibilidade do governo criar uma seguradora estatal. Em momentos de grande crescimento, o setor privado pode não ser capaz de atender toda a demanda. As seguradoras também têm seus limites de risco. A atuação do governo não seria no sentido de substituir o setor privado, mas de complementa-lo, assumindo a parcela de risco que não seria coberta pelas seguradoras privadas, afirma.

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