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A nova cara da corretagem de seguros

Esqueça aquela ideia de só vender seguros. O papel do corretor de seguros será cada vez mais central na economia do País

Nada mais justifica sustentar a imagem do corretor como um simples intermediador na comercialização de seguros. E quem se adequar primeiro já sai na frente, ganhando terreno. O mesmo mercado de seguros que trabalha para oferecer excelentes produtos e preços competitivos, ultimamente tem dado sinais claros de que também deseja manter um relacionamento mais sólido com seu canal de corretagem.

De acordo com o Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado de São Paulo), a corretagem de seguros movimenta R$ 600 milhões de reais por ano, o que representa 3% do PIB do País. O mercado pretende expandir essa participação, até 2012, elevando este percentual para 7%. Por isso, o que está em jogo agora não é apenas a capacidade de negociação com o cliente. O Corretor deverá ser o protagonista de um projeto maior, o que o fará ser um gerente de riscos, conforme explica o professor da Funenseg Bruno Kelly. "Hoje, os clientes já esperam que o corretor tenha este perfil. Desejam um profundo conhecedor da atividade do segurado, estudando, analisando, identificando e sugerindo a proteção adequada às situações de perigo que sejam passíveis de coberturas", analisa.

Agentes descomplicadores

O Corretor atua, em grande parte, em regiões urbanas, de alta concentração populacional e igualmente importantes reconomicamente para o País. E é diante desse quadro crônico de falta de tempo, do "deixar para depois" tão presente nas grandes cidades que o profissional de corretagem procura se afirmar como alguém que não oferece algo que irá dar ainda mais trabalho à vida do segurado.

A essência do seguro reside justamente na resolução de futuros problemas de quem o contrata, e para que o Corretor se encaixe nessa filosofia é necessário que ele tenha cada vez mais capacitação e disciplina.

Preparar-se de maneira adequada, recorrendo a cursos de especialização em determinados segmentos, mas nunca perdendo o perfil generalista pode ser um caminho a ser buscado por este profissional a partir de 2010.

Juntamente a isso, em um cenário onde as carteiras de clientes crescem, é necessário cada vez mais disciplina para a realização de todas as tramitações que envolvem a manutenção de um seguro. Renovações, elevações de capital, exclusão de segurados, mudanças de beneficiário, enfim, todas essas rotinas devem estar em sintonia com as necessidades do segurado e da seguradora."As pessoas andam cada vez mais sem tempo para realizar suas tarefas pessoais e, portanto, necessitam de 'solucionadores de problemas', que sejam descomplicados e eficientes", resume Kelly.

Microsseguros

A "menina dos olhos" do mercado segurador em breve será uma realidade que irá impor novos desafios ao profissional de corretagem. Estima-se que o microsseguro tenha um público potencial de 100 milhões de brasileiros que nunca passaram pela experiência de se assegurar um bem, um serviço ou a si mesmo.

Trata-se de um público com perfil bastante diferente do que o mercado se acostumou durante anos, o que leva ao corretor repensar estratégias de divulgação, abordagem e oferta do seguro. A criação do chamado "microcorretor", ainda em estudo, poderá segmentar o mercado e promover um êxodo de profissionais a este novo campo de atuação.

O que deve estar no horizonte entretamente, é a necessidade de se manter neste novo nicho de mercado, que promete ter bastante competitividade. Será necessário, mais uma vez, capacitar-se e estudar a fundo o que estes novos consumidores de seguro esperam de seu corretor.

O corretor e as novas mídias

A integração das operações de seguro ao computador e à Internet proporcionaram uma nova leitura do verdadeiro potencial deste mercado nos últimos anos. A desburocratização de determinadas rotinas, a eliminação de outras e a rapidez trazida pela tecnologia tornou mais fácil a vida do corretor, dando tempo a ele para se dedicar à busca de novos mercados, clientes e oportunidades de crescimento em sua região.

Porém, com a chegada da segunda década dos anos 2000 o novo desafio é procurar novos usos a essas novas tecnologias comunicativas trazidas pela web. Para Bruno Kelly, o relacionamento via Internet é de grande utilidade, mas possui limitações. "Comprar seguros não é como comprar um livro. Há necessidade de interação direta. Por essa razão a venda de seguros pela grande rede não vingou ainda, e olha que já foram muitas tentativas. Vejo as novas mídias como excelentes formas de alcançarmos o público consumidor de seguros, mas não como uma forma de promover a venda propriamente dita, esta, demanda contato pessoal", avalia.

NÚMEROS DO SINCOR-SP

R$ 600 milhões de reais por ano, o que representa 3% do PIB do País. O mercado pretende expandir essa participação, até 2012, elevando este percentual para 7%.

Fonte: Negócios para Corretores

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