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O alto preço dos acidentes nos seguros de risco

Fonte: Brasil Econômico

O acidente na plataforma da British Petroleum( BP) no Golfo do México não prejudicou somente o meio ambiente ou empresas ligadas à extração de petróleo na região.

Outras companhias petrolíferas já estão pagando 20% a mais nos seguros que fazem para se proteger de riscos aliados à atividade por causa do vazamento que, estima- se, pode chegar a 700 mil litros.

Com perdas previstas de US$ 1,2 bilhão por causa do acidente, as corretoras de seguros não só aumentaram o valor das apólices como, em alguns casos, estão se recusando a vender a proteção.

A Petrobras teve a sorte de renovar seus seguros, contidos em uma apólice única, em abril, e por isso escapou de ser lesada. Mas, no ano que vem, pode também pagar um preço mais alto.

No entanto, o efeito não deve ser duradouro.

Caso não aconteça nenhum outro sinistro, as apólices podem ter seus valores reduzidos novamente em um ou dois anos, dizemos analistas.

Preocupado como preço de seguros altíssimos, como no caso daqueles exigidos em obras de infraestrutura, o governo federal pensa em criar uma instituição que possa atender o setor. O ministro da Fazenda Guido Mantega acredita que as corretoras não têm capacidade para lidar com valores tão altos e portanto seria interessante, no mínimo, que fizessem parcerias como governo. Ele lembra que, durante a crise financeira internacional, a administração federal precisou fazer garantias quando as empresas privadas falharam.

A ideia do governo é criar ou uma empresa seguradora, como já havia planejado no primeiro trimestre, ou uma agência de seguros. Alguns corretores, no entanto, são contra a iniciativa, pois poderia configurar um conflito de interesses.

No mercado internacional, multinacionais petrolíferas se uniram para criar tecnologias de segurança e proteção ao meio ambiente. Acredita-se que a mesma fórmula possa ser adotada no Brasil.

E a Petrobras deveria fazer parte da joint venture para reformar ainda mais seus sistemas de segurança.

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