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Seguradoras projetam recorde para este ano

Fonte: DCI Online

SÃO PAULO - Levantamento da Superintendência de Seguros Privados (Susep) mostra que a receita acumulada de prêmios chegou aos R$ 34, 242 bilhões entre janeiro e maio. O resultado é 19,8% maior que o registrado no mesmo período de 2009 (sem levar em conta os dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar). A estimativa do setor é crescer até 3 vezes o PIB em 2010, com destaque para os seguros massificados.

O presidente da seguradora Chubb do Brasil, Acácio Queiroz, acredita que o controle de inflação, o aumento de renda e o forte crescimento do País alavancam o setor. "Em linhas gerais, se o Brasil crescer 7%, o mercado de seguro crescerá 15%."

Queiroz analisa, ainda, que, se os prêmios chegaram aos R$ 32 bilhões, sem contar capitalização e o setor de saúde, podem fechar o ano em torno de R$ 70 bilhões. "Até 2013, a relação seguro e PIB deve chegar a 5%. Hoje, a relação está em 3,5%."

Para o executivo, o setor mais nobre de crescimento do mercado está nos seguros massificados. "Temos mais de 50 milhões de emergentes, e essas pessoas passam a consumir."

Segundo ele, em 2008, a garantia estendida para eletrodomésticos era de 10%; hoje a cobertura é de 45%. "O setor usa criatividade. Ao invés de usar somente bancos, temos vendas de seguro nos supermercados, nas distribuidoras de energia, televisão a cabo, entre outros. Isto impulsiona o crescimento. O setor de massificados crescerá a 3 vezes o PIB."

Outra carteira que o executivo aposta em que cresça até o final do ano é a de automóveis. "Mesmo com a volta do IPI, teremos 3,5 milhões de carros vendidos. É um grande filão."

Na visão do presidente da Confederação Nacional de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg), Jorge Hilário Gouvêa Vieira, o mercado segurador mantém dinâmica muito positiva frente ao ano passado.

Segundo ele, em 2009, enquanto o PIB teve decrescimento de 0,2%, a receita das seguradoras avançou para R$ 109,2 bilhões (seguros, previdência privada, capitalização e saúde suplementar), registrando expansão de 14,91%.

Tradicionalmente, o mercado segurador apresenta uma expansão mais acelerada no segundo semestre. "A perspectiva, considerando-se as projeções de crescimento de 10% a 20% do mercado, é de que o número citado de R$ 123,4 milhões possa ser alcançado ou até superado, dependendo da taxa efetiva da expansão."

Uma das que esperam crescimento virtuoso é Sul América Seguros e Previdência. Segundo seu presidente, Thomaz Cabral de Menezes, a companhia vive o melhor momento de seus 114 anos de história.

Menezes analisa que os números divulgados pela Susep superaram as previsões do mercado. "Produtos massificados, como seguro de saúde para em empresas médias, cresceram muito."

Ele destaca que o mercado pode aproveitar oportunidades geradas a partir das grandes obras do PAC, pré-sal, Olimpíadas e Copa. "Temos negócios correlatos, como abertura de restaurantes, no entorno das obras, seguro de saúde dos trabalhadores, entre outros negócios."

Quanto ao crescimento, Menezes disse que a companhia analisa oportunidades que possam gerar sinergia. "Temos um bom crescimento orgânico também. Não podemos comprar apenas por sermos grandes." A Sul América descarta operações no mercado financeiro para se capitalizar.

Para Rubens Nogueira, presidente da Classic Corretora de Seguros os dois megaeventos esportivos - Copa e Olimpíadas - devem movimentar movimentam muito o setor e alavancar as companhias. "Temos do risco de engenharia nas grandes obras, como dano a terceiro [como aconteceu na Linha 4 do metrô de São Paulo], principalmente no início das obras", destacou.

Para ele, outra vantagem do mercado brasileiro está nas regras rígidas do governo. "As regras da Susep evitam que as seguradoras se tornem insolventes."

Nogueira diz que a sua empresa apostará em seguros cada vez mais baratos e massificados. "Devemos lançar seguros para óculos e relógios. São produtos que fidelizam mais os clientes."

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