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Segurobrás é um retrocesso, diz Mello no Globonews

Fonte: Denize Bueno - http://www.sonhoseguro.com.br/

Segurobrás é um retrocesso, diz Gustavo Mello (foto), professor da Escola Nacional de Seguros (Funenseg), em entrevista ao programa Conta Corrente, exibido na Globonews nesta terça-feira, as 20h30, aos jornalistas Guto Abranches e George Vidor.

Questionado se o Brasil precisa dessa estatal, Mello foi enfático: “Não tem a menor necessidade”. Ele explicou que mesmo com projetos do porte do trem bala ou da usina de Belo Monte, a participação estatal não se mostra necessária. “O governo vem usando uma capacidade de R$ 46 bilhões por ano em garantias e o mercado tem capacidade de assumir riscos de até R$ 250 bilhões, considerando-se o patrimônio líquido das seguradoras, usado para medir a capacidade de alavancagem dentro das regras de solvência, e também a capacidade dos contratos de resseguro”, afirmou Mello.

Segundo o professor, o governo vem tendo um bom diálogo com a indústria de seguros. “Esta foi a primeira vez que algo foi feito desta forma, sem conversas, o que surpreendeu a todos”, afirmou. Outro fato que causou surpresa é o governo falar em falta de capacidade financeira das seguradoras. Os principais bancos brasileiros atuam no mercado de seguros. “Dizer que as seguradoras não têm capacidade é menosprezar a capacidade dos bancos”, argumentou.

O professor acredita que há uma brecha para o governo ter pensado em abrir uma estatal quando o assunto é comércio exterior. “Uma empresa que vai exportar para um país de risco e quer comprar seguro com certeza encontrará preços salgados, pois as seguradoras privadas vão cobrar pelo risco do negócio. Neste caso, a participação do governo entraria como um subsídio, e, mesmo assim, o Brasil já tem uma seguradora de crédito à exportação e não seria necessário criar outra”, comentou Mello, referindo-se a Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação (SBCE), onde o governo tem a Coface, a maior seguradora de crédito da França, como sócia.

Os jornalistas e o professor fizeram referências a importância do seguro. “O governo do Chile está reconstruindo o país da destruição causada pelo terremoto no início do ano com dinheiro que famílias, empresas e governos receberam das indenizações das seguradoras. E isso é bom para todos”, enfatizou. Em sua palavra final na edição do jornal, Mello escolheu “diálogo. Esta é a palavra que tem dado a direção deste governo e que deve continuar”.

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