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Executivo diz que falta inovação ao ramo vida

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Apesar do aumento da longevidade do brasileiro e do crescimento das vendas de seguros de vida e planos de previdência, não houve ainda grandes mudanças no segmento de pessoas, segundo concluiu o seminário sobre resseguro de vida pós-abertura do mercado, organizado em São Paulo pelo Clube Vida em Grupo (CVG-SP). "A carteira de vida continua sem grandes revoluções.

Não houve um trabalho de gerenciamento, por exemplo, para ocupar os espaços deixados pela seguridade social", comentou o diretor da Scor Global Life, Ronald Kaufmann.

Comparado aos demais países da América Latina, o Brasil ainda consome pouco resseguro de vida. Dos negócios gerados na carteira, apenas 1,5% é ressegurado, enquanto que na Argentina o índice é de 2% e no México e na Colômbia, 5%. "O mercado é novo", justificou Kaufmann.

Ele também observou que alguns grandes resseguradores ainda não estão presentes no País.

A pequena penetração dos seguros de pessoas é interpretada pelo executivo como uma grande oportunidade para o segmento aumentar o seu espaço. Da mesma forma, vê na tendência de maior concentração do setor uma oportunidade para a exploração de novos nichos.

"Neste momento, os resseguradores podem ser parceiros das seguradoras na oferta de conhecimento, tecnologia e recursos", afirmou Ronald Kaufmann.

"Esse é o papel do resseguro no mundo todo", acrescentou.

Em um cenário futuro de rentabilidade e juros menores, ele disse acreditar que as seguradoras serão mais exigidas pelo consumidor e terão de ser mais eficientes, reduzindo seus custos de distribuição.

Os resseguradores podem ajudar o segmento, segundo ele, com soluções de produtos inovadores e adequados à poupança de longo prazo e longevidade (como é o "Dependência de Longo Prazo", desenvolvido pela Scor), com soluções de risco "annuities" (renda vitalícia), com soluções de capacidade (carteiras de benefícios atuais e futuras, solvência etc.) e de serviços (TeleUnderwriting e Direct Marketing entre outros).

Para o presidente do CVGSP, Osmar Bertacini, está faltando criatividade às seguradoras para desenvolver novos produtos. A seu ver, o mercado deveria dispor de produtos que atendessem as necessidades conforme as fases de vida das pessoas. Na juventude, fase em que a preocupação maior é com aposentadoria, os produtos seriam os de acumulação.

Na fase seguinte, após o casamento e filhos pequenos, os produtos devem cobrir os riscos de morte e invalidez. Por fim, na velhice, os produtos devem focar a aposentadoria.

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