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Vida ativa e saudável no Fórum da Longevidade

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Especialistas destacam caminhos para pleno aproveitamento da nova expectativa de vida em encontro da Bradesco Seguros

DA REDAÇÃO Os cuidados para se ter uma vida ativa e saudável em um mundo em que se vive cada vez mais tempo estiveram no centro das discussões durante o V Fórum da Longevidade, organizado pela Bradesco Seguros com apoio da Bradesco Vida e Previdência, na semana passada, em São Paulo.

O evento, do qual participaram cerca de 700 pessoas, reuniu especialistas como o diretor do Okinawa Research Center, Makoto Suzuki; a geriatra e gerontóloga Andrea Prates, coordenadoraexecutiva do Centro Internacional de Informações para o Envelhecimento Saudável; o médico brasileiro Emílio Moriguchi, filho de Yukio Moriguchi, imigrante que introduziu as disciplinas de geriatria e gerontologia na formação acadêmica no Brasil; a neurocientista americana Jill Taylor; e o membro da New York Academy of Medicine e consultor da Bradesco Vida e Previdência Alexandre Kalache.

O diretor-presidente da Organização Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, lembrou, no evento, que, se o século 20 foi o da guerra e o das descobertas científicas, entre as quais as pesquisas do genoma, a herança atual é de uma vida mais longa, que exigirá planejamento para enfrentar novos desafios. "Ganhamos 11 anos a mais em expectativa de vida, em apenas três décadas", destacou. "Hoje, 10% da população brasileira têm mais de 60 anos e chegaremos a 2050 com 30% da população nessa faixa etária." O vice-presidente do Conselho de Administração da Organização Bradesco, Antônio Bornia, que abriu a quinta edição do Fórum da Longevidade, ressaltou que é necessário refletir sobre a importância de se planejar hoje o futuro de um País que caminha para ter uma população longeva nas próximas décadas.

Nesta linha, o presidente do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, Marco Antonio Rossi, explicou que o Fórum da Longevidade faz parte das iniciativas do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência voltadas para "o bem da sociedade de hoje e do futuro".

"O objetivo é preparar o cidadão para uma vida mais saudável, por meio de debates com especialistas brasileiros e estrangeiros em longevidade da população mundial. São temas importantes em todos os âmbitos, inclusive na economia", assinalou o executivo.

"Temos que estar preparados para uma população mais envelhecida daqui a quatro décadas do que qualquer país do mundo hoje, com exceção do Japão - mas incluindo todos os países da Europa, o velho continente." PILARES. O médico Makoto Suzuki apontou a alimentação, o trabalho, a família e a religião como alguns dos pilares que sustentam uma longevidade saudável. De acordo com ele, no ano passado o Japão apresentava mais de 40 mil pessoas com mais de 100 anos de idade - em Okinawa, a ilha japonesa que tem a população mais longeva do mundo, o número de centenários aumentou 30 vezes em 40 anos. Ele relatou histórias de pessoas que, com um século de vida, continuam planejando viagens, negócios e encontros familiares, "sem perder a fé na vida e no transcendental".

Segundo o médico brasileiro Emílio Moriguchi, não é o material genético que ajuda no envelhecimento ativo, com qualidade de vida, mas sim o estilo de vida seguido por cada pessoa. Como exemplo, citou o caso de imigrantes da ilha que se fixaram no Rio Grande do Sul e perderam 10 anos de vida ativa, por força da mudança de hábitos alimentares, como a introdução da carne e do doce na dieta, no lugar de peixes, algas e soja. Também reforçou a importância das estruturas familiares e religiosas (independentemente dos credos), além da força do trabalho, como fatores fundamentais para uma vida longeva e ativa. Andrea Prates mostrou que, no Brasil, também é possível ter uma longevidade ativa e feliz. Valeuse da linha do tempo de uma imigrante baiana, residente em São Paulo, que já ultrapassou os 104 anos de idade "de forma ativa e plena".

No debate que se seguiu às palestras, os participantes concluíram que as empresas, a sociedade em geral e o governo precisarão desenvolver instrumentos econômicos e sociais para enfrentar muito em breve a realidade de um país de longevos.

No encerramento, o diretorpresidente da Bradesco Vida e Previdência, Lúcio Flávio de Oliveira, lançou o Prêmio Longevidade de Jornalismo Bradesco Vida e Previdência, com o objetivo de estimular a mídia a também promover a disseminação do tema. O regulamento deverá ser divulgado nas próximas semanas.

Além disso, desde o último dia 5, qualquer pessoa poderá postar a história de vida de familiares longevos no endereço www. e s p a c o l o n g e v i d a de.com.br, inclusive com imagens de álbuns de família.

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