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Caixa Seguros reduz 60% de custos com virtualização

Fonte: ComputerWorld

O projeto, implementado em etapas, já afetou 40% dos servidores físicos da seguradora.

Redução de 30% no consumo de energia elétrica e uma economia de aproximadamente 60% dos custos com licenciamento de software. Estes foram alguns ganhos contabilizados pela Caixa Seguros - o quinto maior grupo segurador do Brasil -, com a implementação de um projeto de virtualização e de consolidação dos servidores.

A iniciativa envolveu quase metade dos equipamentos da companhia, que tem como sócios controladores o banco Caixa Econômica Federal e a seguradora francesa CNP Assurances.

Com mais de 40 anos de operação no mercado brasileiro e um faturamento de 5,7 bilhões de reais em 2009, a Caixa Seguros atende a uma base de 9 milhões de clientes. Um desafio constante da companhia, relata o gerente de infraestrutura, Lincoln Moreira Jorge Júnior, é garantir que o ambiente de TI seja flexível, ao mesmo tempo em que ofereça alta disponibilidade para o processamento das operações.

Além disso, a equipe de tecnologia trabalha com o desafio de reduzir custos e estar alinhada com uma política socioambiental do grupo. Fatores que, somados, levaram a empresa a avaliar novas tecnologias, como a virtualização.

Os primeiros testes com soluções para virtualizar servidores tiveram início há cerca de dois anos, conta o gerente. Na época, a companhia testou o uso da solução fornecida pela VMware em alguns dos servidores de desenvolvimento e de homologação. Após os testes iniciais, em 2009, a instituição optou pela expansão do projeto e analisou algumas ofertas do mercado, até decidir pela adoção da plataforma Hyper-V, da Microsoft. A escolha foi baseada no custo da solução e na compatibilidade com o parque instalado.

"Começamos por um ambiente menos robusto e estamos expandindo aos poucos", conta Jorge Júnior. Ele explica que os primeiros testes, com um número restrito de servidores, permitiram analisar os benefícios da virtualização, mas sem comprometer a infraestrutura de TI da companhia.

A segunda etapa do projeto, implementada em março de 2010, ampliou a virtualização para todos os servidores de desenvolvimento, impressão, armazenamento de arquivos, web e aplicações. Com isso, 40% das máquinas que rodavam no centro de processamento da Caixa Seguros foram virtualizadas.

O gerente conta que, antes do projeto, o parque de TI da companhia contava 400 servidores físicos, que rodavam em ambientes distribuídos (Linux e Windows). "Atualmente, temos 300 equipamentos físicos e 160 máquinas virtuais", afirma o executivo, que tem planos de expandir o modelo para 75% do ambiente.

A próxima etapa do projeto é levar a virtualização para os sistemas de backup da seguradora. "O ideal seria ter 100% do parque virtualizado, por conta dos benefícios que a tecnologia traz", acredita o executivo. "Mas os servidores que rodam banco de dados e aplicações de missão crítica, como o caso do BI (business intelligence), devem ficar de fora", pondera, ao justificar que esses sistemas exigem um processamento diferenciado.

Sobre os benefícios obtidos com a virtualização, Jorge Júnior detalha que a solução tem permitido que a Caixa Seguros amplie o volume de dados processados em seus sistemas, sem a necessidade de adquirir novos equipamentos. Além disso, com a consolidação das máquinas, a companhia conseguiu reduzir o espaço utilizado no data center.

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