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Empresas usam seguro para terceirizar problema

Fonte: Brasil Econômico

Seguro de responsabilidade civil não é obrigatório no país, mas começa a ser usado por empresas de turismo O presidente da Agaxtur, Aldo Leone Filho, gosta de saber de todos os problemas envolvendo insatisfação de clientes que utilizaram os serviços da agência de viagens. São casos como o de um passageiro de descendência árabe que foi impedido de entrar em Buenos Aires por falta de visto, ou mesmo o de um passageiro que deixou sua mala sozinha no lobby do hotel e acabou sendo furtado. Considerando-se que a operadora atende cerca de 100 mil clientes por ano, é de se esperar que o número de reclamações seja alto. Mas Leone garante que não atrapalha seu dia a dia. A Agaxtur foi a primeira do setor de turismo a contratar uma apólice de responsabilidade civil para atender problemas com pessoas que compram seus pacotes.

O serviço, oferecido pela corretora Interface Seguros, assume o atendimento em casos de pedidos de indenização com objetivo de acelerar a resolução dos problemas enfrentados pelos clientes. "Temos muita reclamação e pouca indenização de fato", diz Mario Gasparini, diretor da Interface.

A questão, afirma ele, é que entre a reclamação e a resolução o cliente ainda fica muito desassistido no país.

"De quem é a culpa em caso de atraso no voos, roubo ou problemas em hotéis? Segundo o princípio da solidariedade, é da empresa que não ofereceu os serviços, mas também da agência de viagens", diz.

Gasparini diz que, no Brasil, é comum uma pessoa passar até 120 dias aguardando resposta de uma companhia para resolver conflitos. Com o seguro de responsabilidade civil, o prazo é de no máximo 30 dias.

A Interface fechou uma parceria com a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) para oferecer o seguro para outras agências de viagens. "Nos Estados Unidos e em países da Europa, não é possível abrir uma empresa sem ter um seguro de responsabilidade civil. No Brasil, não é obrigatório, mas sua utilização mais conhecida é em seguros de carros, para a cobertura de terceiros", diz Gasparini. A composição de custo de um seguro de responsabilidade civil é semelhante a de outros custos administrativos e não tem impacto no valor final do produtos, diz Gasparini.

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