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Riscos da carteira são pulverizados

Fonte: Brasil Econômico

Com pequenas empresas, seguradoras diversificam tipos de companhias e diminuem risco de grandes sinistros

Não é de hoje o interesse do mercado segurador pelas pequenas e médias empresas. Seguros patrimoniais ou de vida já foram criados ou adaptados para o perfil do segmento. Agora se observa um interesse também nas linhas financeiras, principalmente no seguro de responsabilidade de executivo (D&O, na sigla em inglês).

"Para as seguradoras, este é um filão (de pequenas e médias empresas) importante, pois ajuda a pulverizar o risco, não ficando concentrado em coberturas altas, que podem demandar grandes indenizações", avalia Renato Rodrigues, diretor

de Linhas Financeiras da Liberty International Underwriters (LIU), divisão de riscos especiais da Liberty Seguros.

Ele explica que, apesar de as empresas de menor porte serem financeiramente mais frágeis, o que teoricamente representaria maior risco, as perdas apresentadas por elas geralmente são menores, pois têm contratos que envolvem valores mais baixos, se comparados a grandes empresas.

Leandro Martinez, gerente de Produtos Financeiros da Chubb, conta que o que mais tem demandado indenizações de D&O nas grandes empresas de capital aberto é o pagamento de multas de termos de compromissos firmado entre as partes envolvidas e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

"Os executivos de empresas de capital aberto têmo dever legal de divulgar ao mercado qualquer informação que possa influenciar a decisão de compra ou venda do investidor. No caso de falha, ele infringe a Instrução 358 da CVM, o que pode culminar numa multa, que sai do bolso do executivo e que é coberta pelo D&O", explica Martinez.

E o maior rigor dos órgãos reguladores tem se refletido no maior volume de sinistros: de janeiro a julho deste ano, foram pagos R$ 40 milhões em indenizações de D&O. Em igual período de 2009, foram apenas R$ 4 milhões, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep).

O risco diminui para as seguradoras, mas pode ser grande para a pequena e média empresa que não tomar cuidado na hora de preencher o questionário, adverte Gilberto Reina, superintendente técnico da AD Corretora. "A empresa deve envolver o maior número de áreas para prestar as informações corretas da empresa no questionário, que se mal preenchido pode dar problema no momento do sinistro", diz.

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