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A insuportável carga tributária - por Leôncio de Arruda

Fonte: Portal SEGS - http://www.segs.com.br/

- O brasileiro já pagou em tributos, para a União, Estados e Municípios, até o momento, mais de R$ 700 bilhões, ou cerca de R$ 2 bilhões por dia, ou perto de R$ 140 milhões por hora, segundo o Impostômetro exibido no centro da capital paulista. A iniciativa é da Associação Comercial de São Paulo, apoiada pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).

O Brasil é o país com a carga tributária mais elevada entre os países em desenvolvimento da América do Sul e dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China). Se a gestão de recursos públicos fosse mais eficiente, não precisaríamos de uma carga tão grande. Fato é que o Brasil arrecada como um País de primeiro mundo, mas retorna para a população como um país de terceiro mundo.

O problema , de fato, não está na quantia a arrecadar, mas o formato de arrecadação e a distribuição dos valores arrecadados. Cobram-se muitos impostos dos que produzem e trabalham e “poupam” aqueles que fraudam e possui negócios informais e não tributáveis. Por isso a informalidade cresce a cada dia e diminuem a quantidade de trabalhadores formais e as empresas de capital nacional.

Ainda segundo o IBPT, com base de dados de 2009, o Brasil era o 5º maior cobrador de impostos com relação ao seu PIB – 36,8%, ficando atrás somente da Suécia – 50,7%, Noruega – 44,9%, França – 43,7 e Itália – 42,2%.

O incrível mesmo é que em países como a Suécia e a Noruega, o atendimento dos serviços públicos são de primeiríssima qualidade e quase tudo é gratuito, como ensino em todos os níveis, seguro total para toda a família, etc., e mais, a economia desses dois países é menor do que a do Brasil. Em países de economia fortes como EUA, Japão, Canadá e Inglaterra a relação da carga tributária com seus PIBs são menores do que no Brasil.

A carga tributária brasileira já chegou a atingir 40,28% do PIB, o que transformados em dias representa 147 sete dias do ano, portanto, é como se estivéssemos apenas trabalhando para pagar impostos. Isto também poderia ser visto em relação à semana, numa semana de seis dias trabalhados, praticamente 2,5 dias seriam destinados ao governo, ou seja de segunda até aproximadamente a metade da quarta feira se estaria trabalhando para recolher os seus impostos. A conta também poder ser feita em dias no caso supondo trabalhar-se 7h e vinte minutos por dia, praticamente três horas por dia se trabalha para sustentar a carga tributária paga ao governo.

Atualmente no México os cidadãos trabalham 91 dias e na Argentina 97 dias para dar conta da sua carga tributária, algo bem menor que os 147 dias por aqui trabalhados, ou seja, um mexicano trabalha 58 dias a menos que um brasileiro, e um argentino 50 dias a menos por ano para pagar seus impostos, o que significa que têm a sua disposição mais recursos para sua sustentação..

A comparação também pode ser feita com a maior economia do mundo, a norte americana,.Por lá se trabalha em torno de 102 dias, ou seja, aproximadamente 3,5 meses, ainda assim 45 dias a menos que no Brasil, portanto, por aqui quase 1,5 mês a mais.

Em tudo que consumimos e produzimos tem impostos embutidos e, enquanto a sociedade não se mobilizar para mudar as regras do jogo econômico continuaremos a receber a reclamar dessa (des ) carga tributária.

Que tal brigarmos por um Brasil com menos impostos e mais emprego, renda e justiça social?

Está feito o convite. Vamos em frente.

Autor: Leoncio de Arruda

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