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Planejando o futuro

Fonte: Diário do Povo - Campinas - SP

Previdência privada: Campinas representa 40% dos planos feitos no Interior do Estado. Setor está em crescimento.

O Interior de São Paulo é o segundo no ranking de penetração de planos de previdência e a região de Campinas responde pela maioria dos contratos do setor, segundo estudo realizado pela Kantar Worldpanel a pedido da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi) e corretores de seguros consultados pela Agência Anhanguera de Notícias (AAN). De acordo com os dados da pesquisa divulgada durante o 5º Fórum Nacional de Seguro de Vida e Previdência ocorrido na semana passada em São Paulo, cerca de 6% dos lares do Interior do Estado já contam com plano de previdência privada e contribuem, em média, com R$ 1.237,02 anuais para a composição das reservas, valor 6% acima da média registrada no Brasil.

Para o consultor de benefícios Guilherme Ciarrocchi Ferreira, a região de Campinas atende a 40% do resultado obtido em todo o Interior. "A região tem bons indicadores econômicos e a estabilidade alcançada na economia contribui para o aumento dos planos de previdência", disse. Somente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Campinas, por exemplo, são cerca de 2 mil planos ativos, dos 20 mil comercializados no Estado de São Paulo. Inclusive, as instituições de classe têm sido propulsoras do crescimento de planos de previdência privada depois que o governo federal autorizou a montagem e comercialização dos produtos por suas diretorias.

CLIENTES.

Entre os consumidores de plano de previdência na região, por exemplo, está o cartorário Lincoln de Carvalho, de 38 anos. Ele adotou o plano há dois anos, principalmente, para afastar "as incertezas das coisas". "Queria ter mais segurança quanto ao meu futuro, principalmente, porque o governo não dá certezas quanto à aposentadoria dos contribuintes. Às vezes, a gente ouve falar que a Previdência está quebrada, e outra vez de que será mudado a idade mínima para se aposentar. Então, optei pelo plano de previdência privada para garantir um futuro melhor para mim e para minha família", disse. Atualmente, Carvalho desembolsa cerca de R$ 200,00 por mês para o plano. "Dá para levar numa boa essa quantia por mês e recomendo a todas as pessoas que façam plano de previdência privada", disse.

A advogada Lucia Mazará, de 38 anos, tem plano de previdência privada há 15 anos. "Comecei com o plano de previdência por causa da empresa onde trabalhava, que oferecia esse benefício. Quando sai da empresa, decidi manter o plano, principalmente, como uma complementação à minha aposentadoria", disse. Ela contou que escolheu por um plano onde pode adotar a contribuição vitalícia ou o beneficiamento aos dois filhos caso ela falte. "Recomendo a adoção de um plano de previdência privada porque é uma forma de compromisso com o dinheiro e com o futuro", afirmou. Segundo a pesquisa, fazer reservas para o futuro e para a aposentadoria é o objetivo número um listado pelos domicílios do País.

De acordo com Ferreira, quanto mais cedo optar pelo plano de previdência, melhor será o resultado. "Costumo dizer que nunca é cedo demais para começar nem tarde demais para aderir a um plano de previdência", disse. Mercado vê expansão na Classe C O estudo Fenaprevi - Kantar também avaliou a penetração dos planos de previdência privada por classe social. Na Classe A-B, de famílias com renda acima de 10 salários mínimos mensais, a modalidade de investimento está presente em 10% dos lares. Na Classe C, que abrange famílias com renda mensal entre 4 e 10 salários mínimos, 4% dos domicílios, mesma média geral do Brasil, contam com plano de previdência entre os produtos financeiros contratados. Na D-E, com famílias de renda entre 1 e 4 salários mínimos, o índice é de 1%.

"Temos uma grande oportunidade de expandir a presença nas famílias de maior renda e também entre os domicílios da Classe C", disse o presidente da Fenaprevi, Marco Antonio Rossi. Paral ele, a mudança do padrão da pirâmide etária brasileira é outra janela de oportunidade.

"A população está envelhecendo rapidamente e a manutenção do padrão de vida dependerá da capacidade de poupança durante a fase laboral", disse. "A cultura da previdência já está instalada e à medida que economia cresce e a renda familiar aumenta, os indivíduos farão um plano cada vez mais cedo", completou.

Hoje, os investimentos em previdência são maiores no segmento dos indivíduos entre 40 e 49 anos. Nesta faixa, as contribuições anuais para formação de poupança de longo prazo são de R$ 1,2 mil, volume 9% maior que a média de contribuição anual do Brasil. Os indivíduos de 50 anos ou mais são os segundos colocados no ranking de aportes, com contribuições 2% maiores que a média do país. Entre os indivíduos até 29 anos as contribuições anuais são de R$ 1.080 mil, volume 7% menor que a média Brasil. Entre os que têm entre 30 e 39 anos, o índice é 8% menor que média de contribuições do país apurada pela Kantar. (VBF/AAN) Sul é o campeão em planos As famílias do Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) são as campeãs em economia para o futuro. Segundo os dados do estudo Fenaprevi - Kantar, 8% dos lares do Sul contam com um plano de previdência complementar. De acordo com o levantamento, as famílias dessa região também são as que destinam maior volume de recursos para planos de previdência, R$ 1.353,00 anuais, volume 16% superior aos R$ 1.167,00 anuais verificados na média Brasil. Em todo o País, apenas 4% das famílias têm o produto em seu portfólio de investimentos. Os dados da Kantar são extraídos de uma base de 8,2 mil domicílios acompanhados semanalmente em todo o país. A amostra representa 81% da população domiciliar brasileira e 91% do potencial de consumo residencial do País.

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