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Seguro: uma importante decisão

Fonte: Diário do Comércio - MG

Com mercado aquecido, as vendas de apólices no país cresceram 12,9% no ano passado.
De janeiro a agosto foram licenciados no Brasil 2,19 milhões de veículos

Com o maior número de veículos em circulação, maiores as chances de acidentes e roubos. Esta é uma matemática óbvia e infalível. Aliando-se a estes fatores o conselho dos nossos avós, "seguro morreu de velho", fica clara a necessidade de se contratar este serviço no dias de hoje, mesmo que você não precise utilizá-lo. Afinal, para muitos, o automóvel é o resultado palpável de anos de economia.

Para se ter uma noção, a venda de apólices no país cresceu 12,07% em 2008, sendo que o fator determinante para a escolha do seguro veicular é ter o bem protegido. No ano passado, novo crescimento, com aumento de 12,9% nas vendas deste tipo de seguro. Mas, como escolher o seguro ideal?

De acordo com dados fornecidos pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), de janeiro a agosto deste ano foram licenciados no Brasil 2,19 milhões de veículos. Isto significa um resultado 10% maior do que igual período de 2009.

A expectativa é que o mercado nacional termine o ano com 3,40 milhões de veículos licenciados, alta de 8% em relação ao ano passado. Maior o número de veículos nas ruas, maior a demanda por seguros. Como optar pela melhor escolha diante de tantos tipos de seguro e tantas seguradoras no mercado?

Em primeiro lugar, deve-se verificar, obviamente, o preço cobrado. Os preços passaram, recentemente, por altas que variam entre 10% e 20%, aumento impulsionado, entre outros fatores, pelas enchentes do início do ano registradas em vários pontos do país.

Custo-benefício - Diante destes novos valores, o consumidor deve verificar o custo-benefício e jamais dispensar a ajuda especializada de um corretor de seguros. Se estiver contratando o primeiro seguro veicular de sua vida, aconselha-se pedir indicação para amigos de confiança que já tenham um contrato, pois neste ramo encontra-se muita gente sem experiência.

Escolhido o corretor, o proprietário do veículo deve solicitar, pelo menos, três cotações diferentes. O corretor será o responsável por explicar em detalhes as coberturas e enumerar os serviços agregados que são oferecidos. Estes serviços podem incluir chaveiro, convênios com estacionamentos e help desk, por exemplo.

O seguro pode ser compreensivo, assegurando assistência básica contra roubo, incêndio ou colisão. O segurado pode optar pela cobertura total que incluirá, entre outros, vidros, lanternas, faróis, carro reserva, danos morais, materiais e pessoais contra terceiros e intempéries da natureza.

No caso específico de alagamentos, desde 2004, a Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão que fiscaliza as operações de seguro, determinou que todos os planos básicos - com cobertura contra colisão, incêndio e roubo - se responsabilizem também por submersão total ou parcial do veículo em água doce, inclusive se ele estiver guardado no subsolo.

Segundo o especialista Carlos Barros de Moura, da Barros de Moura & Associados, "o mais importante é que não existe uma fórmula mágica. Ao consumidor cabe a pergunta: que coberturas são mais adequadas ao meu perfil e qual é a probabilidade de precisar dos chamados serviços agregados?".

Ainda de acordo com Barros de Moura, "com tanta diferença de preços, a decisão só fica bem embasada se o consumidor estiver muito consciente do seu estilo de vida e da necessidade, ou não, dos benefícios oferecidos pelo seguro". Algumas perguntas são muito importantes do momento da escolha: Possui carro reserva incluso? Qual o valor da franquia? Ela é abrangente, cobre todo o território nacional, ou não?

Idade - A idade do carro também é um fator determinante. Para exemplificação, um automóvel ano 1998 é avaliado em cerca de R$ 13,3 mil. Seu seguro fica perto de R$ 1,36 mil. O mesmo veículo dez anos mais novo (2008) é avaliado em torno de R$ 27,56 mil. O seguro fica por volta de R$ 1,33 mil.

A diferença é pequena, mas fica enorme quando se avalia o custo-benefício. Se o valor da indenização estiver próximo ao valor do seguro, o proprietário paga o risco. Isso pode acontecer com carros muito antigos, porque os valores de indenização e das peças podem ser muito altos, o que inviabiliza a contratação.

Outra questão muito frisada pelos especialistas da área diz respeito à veracidade das respostas para todas as perguntas que constarem no momento da criação do perfil do condutor. Se, por exemplo, o veículo fica estacionado na rua, não convém informar que ele fica protegido em uma garagem. Em caso de sinistro desta ordem, a seguradora poderá (de forma justa, diga-se) se recusar a pagar o dano.

Também é importante informar para a seguradora, sempre, se houve alguma mudança de endereço, mesmo que você tenha se mudado para a mesma rua. Também a escolha do modelo do veículo é fator determinante para o futuro seguro. Alguns carros, apesar de serem considerados "populares", acabam tendo o valor mais caro do que o cobrado para outros modelos superiores com mesmo ano de fabricação.

Bons exemplos disso são o Fiat Uno e o Volkswagen Gol. Por terem suas peças facilmente vendidas para desmanches e liderarem a lista de carros mais roubados do país, são veículos para os quais seus proprietários pagarão um alto valor para segurá-los. Esta alta em relação a outros modelos pode chegar a 50%.

Como o valor segurado (o que será ressarcido em caso de perda total ou roubo) e das cláusulas adicionais é escolhido pelo proprietário do veículo, muitos tentam reduzir custos diminuindo os valores a serem pagos pela seguradora em caso de sinistro.

Dicas - Especialistas aconselham a jamais determinar o preço do veículo abaixo do que ele é praticado no mercado e alertam quanto ao Seguro de Responsabilidade Civil Facultativa. Este modelo, muito útil, cobre danos morais, materiais e pessoais (despesas médicas e hospitalares) causados pelo segurado a terceiros. Ele também tem o valor estipulado pelo segurado.

De acordo com a especialista em Gestão de Seguros, Iracema Debarba, "geralmente todo mundo contrata R$ 30 mil, R$ 50 mil. Se você colocar R$ 100 mil vai aumentar em R$ 10, R$ 20 reais o valor total da apólice". Ainda de acordo com Iracema, este tipo de seguro "encarece um pouco mais o valor total da apólice, mas cobre possíveis indenizações por danos morais que, geralmente, oscilam entre R$ 5 mil e R$ 10 mil. Outra cláusula que acredito ser muito importante contratar é a de Acidentes Pessoais a Passageiros e ao Motorista (APP e APPO), porque cobre despesas médicas e hospitalares do motorista e passageiro do carro segurado".

Outra boa dica diz respeito aos carros importados, principalmente os que já saíram de linha. Esses veículos são alvos fáceis de ladrões e muito visados, já que suas peças são muito requisitadas no mercado paralelo.

Dessa forma, muitas seguradoras simplesmente se recusam em cobrir esse tipo de veículo. Sendo assim, antes de adquirir aquele "importado dos sonhos", verifique com a seguradora de sua preferência se ela faz a cobertura do veículo.

Caso contrário, tende a virar o "importado dos seus piores pesadelos". Por último, verifique com sua seguradora se ela oferece a opção para colocar no veículo um rastreador. Poderá ser de grande utilidade na hora de localizá-lo após um roubo. Seguindo estas dicas, você vai rodar por nossas ruas e estradas com muito mais segurança e tranqüilidade.

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