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Vendas crescem mais de 15%

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Faturamento das seguradoras vai a R$ 47, 983 bilhões de janeiro a julho, puxado não só pelo VGBL, que cresceu 19,8%, mas também pelo segmento automotivo, que subiu 15,2%

As vendas no mercado de seguros brasileiro cresceram em julho pelo sétimo mês seguido, embora ainda em ritmo mais lento que o observado até abril, segundo estatísticas da Superintendência de Seguros Privados (Susep), que exclui a carteira de saúde da base de dados. Em julho, o faturamento de R$ 7,056 bilhões subiu 9,1% sobre igual mês de 2009. No acumulado do ano, a receita de R$ 47,983 bilhões ficou 15,3% acima da contabilizada de janeiro a julho do ano passado. Sem o plano de vida gerador de benefício livre (VGBL), um produto de acumulação, o crescimento diminui para 12,7%.

Em sete meses, as seguradoras honraram compromissos da ordem de R$ 13,095 bilhões com o pagamento de indenizações em todos os ramos de seguros. O montante foi 8,6% maior que os desembolsos efetuados com sinistros nos sete primeiros meses do exercício anterior. Os gastos administrativos subiram 15,4%, para R$ 4,428 bilhões, enquanto as despesas comerciais, representadas basicamente pelas comissões de corretagem, consumiram cifra ainda maior, ao atingir R$ 5,722 bilhões, alta 18,7%.

O VGBL manteve forte crescimento no acumulado de sete meses, no patamar de 19,8%, para R$ 18,233 bilhões, valor correspondente a 38% do mercado nacional. Com prêmios de R$ 8,759 bilhões, o segmento de seguros de pessoas também avançou, embora abaixo da média do mercado.

A alta foi 13,1%. Os seguros de vida captaram R$ 4,445 bilhões e subiram 10,2%, enquanto as vendas de coberturas de acidentes pessoais foram 15,5% maiores, atingindo R$ 1,651 bilhão.

Na carteira de automóvel, que faturou R$ 10,865 bilhões, incluindo a garantia de responsabilidade civil facultativa, o incremento ficou nivelado ao da média do mercado, chegando a 15,2%, de janeiro e julho. Em variação menor, o seguro obrigatório de veículos automotores (Dpvat) cresceu 11,8%, com receita de R$ 1,897 bilhão. Já o seguro de extensão de garantia de veículo praticamente dobrou de tamanho, ao saltar de R$ 13 milhões para R$ R$ 25, 2 milhões, expansão de 93,6%.

Os produtos do segmento patrimonial tiveram desempenho ainda melhor que o registrado na carteira automotiva, com incremento de 16,7% em sete meses. A receita foi a R$ 4,386 bilhões. O seguro residencial cresceu expressivos 20,4% e o empresarial, 10,8%, somando prêmios de R$ 1,475 bilhão. A cobertura de garantia estendida de eletroeletrônicos e aparelhos domésticos, com o consumo aquecido, aumentou 50,7%, encostando o faturamento na marca de R$ 1 bilhão.

Os riscos operacionais, dirigidos a grandes complexos empresariais, por sua vez, registraram elevação de 14,4%, indo a R$ 821,7 milhões. A apólice de riscos de engenharia, que em 2009 exibiu alta de 35,6%, despencou 26,7% em julho último, para R$ 268 milhões.

CARGA. A trajetória dos seguros ligados ao transporte de mercadorias permaneceu situada abaixo da média do mercado, com avanço de 12,3% e faturamento de R$ 1,043 bilhão de janeiro a julho, sobre igual período do exercício passado. Enquanto o seguro de transporte nacional subiu 6,7% e o de responsabilidade civil do transportador rodoviário de carga, 26,8%, a apólice de importação e exportação ficou estagnada, com pequena alta de 0,9%.

As estatísticas da Susep mostram ainda que a produção dos seguros financeiros continuou em queda, de 18,2%, com movimentação de prêmios na casa de R$ 382,8 milhões nos sete primeiros meses do ano. Em julho, a receita da garantia de obrigações públicas, por exemplo, ficou estacionada em R$ 142,5 milhões e a de garantia privada e a de concessões públicas despencaram 25,1% e 77,4%, respectivamente.

A exceção do setor foi o seguro de garantia judicial, que duplicou de tamanho, com as vendas saltando de R$ 48 milhões para R$ 95,6 milhões. Outro segmento cujo desempenho deixou a desejar foi o do seguro rural, cuja receita, de R$ 368,5 milhões, recuou 9,1% sobre os sete primeiros meses do ano passado.

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