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Previdência aberta deve fechar 2010 com R$ 44 bilhões em contribuições

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

De acordo com o executivo, esse resultado é decorrente do aumento da formalização do emprego, do crescimento da renda e da maior estabilidade econômica do País.

"A segurança no emprego permite que as pessoas planejem com mais tranquilidade suas opções de investimentos de longo prazo", explica Russo. "Sempre que se fala em investimento desse tipo, a previdência surge como produto de destaque, pelos incentivos fiscais que oferece", acrescenta.

Os últimos dados divulgados pela Fenaprevi mostram que o segmento acumulou R$ 11,1 bilhões no terceiro trimestre do ano, crescimento de 16,34% na comparação com igual período do ano anterior, quando ingressaram no sistema R$ 9,5 bilhões. O resultado mensal de setembro mostrou alta de 14,32% contra igual mês de 2009, para R$ 3,8 bilhões em arrecadação.

Separadamente, a arrecadação do plano Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) aumentou 18,13% no terceiro trimestre, em relação aos meses correspondentes de 2009, para R$ 8,9 bilhões. A Fenaprevi atribui o crescimento no número de depósitos à popularização do produto, indicado ao investidor que não declara imposto pelo modelo completo.

O Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), por sua vez, cresceu 16,09% no período com arrecadação de R$ 1,3 bilhão. De acordo com o vice-presidente da Fenaprevi, este plano, indicado para quem faz a declaração completa e que permite deduzir até 12% do montante a ser pago à Receita, "se comportou particularmente bem em 2010".

"Nos planos empresariais, principalmente, o PGBL se comportou muito bem. Esse talvez seja o destaque nos resultados da previdência complementar aberta deste ano porque revelou o interesse crescente das empresas no oferecimento desse benefício aos funcionários", comenta Russo.

Segundo o executivo, esse movimento das empresas é consequência do cenário econômico positivo e da necessidade de atrair mão-de-obra qualificada. "A previdência aparece como mecanismo extremamente relevante, especialmente nas regiões com maior competitividade de mão de obra qualificada, para atrair e manter os funcionários nos seus quadros", acrescenta.

Os planos corporativos arrecadaram R$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre do ano, resultado que, segundo a Fenaprevi, mostra uma tendência de crescimento relevante. "Nós, da federação, percebíamos já há alguns anos que o potencial de crescimento nos planos empresariais era grande, mas estava num ritmo lento. Nesses últimos dois anos, essa tendência vem mudando", afirma Russo.

Os dados da Fenaprevi mostram ainda que, no terceiro trimestre deste ano, os planos individuais cresceram 24,55% sobre igual período de 2009, com arrecadação de R$ 9,5 bilhões. As provisões - recursos acumulados pelos participantes do sistema de previdência complementar - somaram R$ 201 bilhões em setembro, alta de 21,59% em relação a setembro de 2009 quando as provisões totalizaram R$ 165,3 bilhões.

As provisões dos planos VGBL, correspondendo a expectativa do mercado, tiveram o crescimento mais expressivo, de 29,72%, passando de R$ 88 bilhões em setembro de 2009 para R$ 114,2 bilhões em setembro de 2010. Já as provisões de PGBL cresceram 17,23%, passando de R$ 45,4 bilhões em setembro do ano passado para R$ 53,2 bilhões em igual mês deste ano.

Para o superintendente de Relacionamento com Clientes da Sul América, Gustavo Brandão, o cenário é realmente positivo para a previdência privada aberta. "Nosso desempenho superou o do mercado no terceiro trimestre, crescendo quase o dobro (33,5%)", comemora. A arrecadação da empresa passou de R$ 43 milhões no terceiro trimestre de 2009 para R$ 58 milhões em igual período de 2010.

O executivo concorda que o aumento da renda e da estabilidade profissional, além de uma mudança na cultura do brasileiro, influenciaram os resultados. Ele destaca, por outro lado, a adoção de estratégias de atuação por parte da empresa que considerou vencedoras. "Nós focamos muito no público de alta renda, por exemplo. Nossas reservas deste segmento aumentaram 90% em setembro, comparando com setembro de 2009, e isso puxou bastante nosso crescimento", afirma.

Em relação ao mercado no médio prazo, Brandão é otimista. "Temos crescido bem nos últimos anos e normalmente acima do mercado. Não vejo nenhum motivo, que venha a acontecer agora ou nos próximos meses, que possa mudar essa tendência", diz.

O gerente comercial da Icatu Seguros, Mizael Vaz, também comemora os resultados da empresa, que em outubro passado acumulava reservas de R$ 3,1 bilhões e que prevê fechar o ano com arrecadação de R$ 300 milhões.

Segundo o executivo, a Icatu passa atualmente por um momento de planejamento para 2011. "Temos um planejamento muito criterioso para o ano que vem, em termos de equipe e de investimentos. Nossa ambição é crescer acima da média mercado em previdência, e estamos trabalhando para isso." Vaz atribui os bons resultados à qualidade e diversidade de parceiros, que funcionam como canais de venda, alguns orientados para o varejo e outros para clientes de renda mais elevada, segmento que segundo o executivo tem contribuído fortemente. "Temos também uma grade de produtos de previdência que talvez seja a mais diversificada entre as seguradoras, em termos de perfis de fundos, de gestores de investimentos, então isso tem contribuído para um desempenho muito bom", completa.

RANKING A Bradesco Vida e Previdência liderou o ranking de arrecadação em setembro com 26,74% do total arrecadado, seguida pela BrasilPrev (23,33%), Itaú Vida e Previdência (18,86%), Santander Seguros (13,43%), Caixa Vida e Previdência (7,92%), HSBC Vida e Previdência (3,66%), Icatu Seguros (1,08%), Safra Vida e Previdência (0,84%), Sul América (0,70%), Porto Seguro Vida e Prev. (0,55%). As demais seguradoras somam, no total, 2,87% da arrecadação.

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