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Responsabilidade civil é esquecida

Fonte: DCI

Na compra de uma casa ou até mesmo um carro novo, a primeira atitude do consumidor brasileiro é buscar a apólice de seguro apropriada ao seu patrimônio.

Em uma conversa com o meu corretor, descobri que atualmente, considerando-se a frota total de veículos que circula no território nacional, aproximadamente 17% estão segurados. E com estilos e valores diversificados.

Além de automóveis, do seguro de vida e do residencial, neste mundo globalizado há diversos tipos de seguro, muito mais importantes do que estes citados e que nem sempre são divulgados como devem ser.

Entre eles, podemos citar as apólices que geram proteção contra processos jurídicos e semelhantes.

Estes seguros estão disponíveis para qualquer pessoa.

O título de Responsabilidade Civil Geral é um destes casos. Em síntese, este seguro possibilita o reembolso de indenizações caso o segurado seja obrigado a assumir gastos em consequência de lesões corporais ou danos materiais provocados a terceiro causados por ele ou por pessoas pelas quais responde civicamente.

Para profissionais liberais, como médicos, dentistas ou qualquer outra profissão com alto risco inerente, este tipo de seguro pode representar uma garantia adicional e primordial para o dia a dia das atividades.

Apesar de haver uma série de empresas especializadas neste seguro, trata-se de uma prática pouco comum e um produto pouco difundido no mercado brasileiro.

Para se ter uma ideia, o meu corretor, em toda a sua carreira, jamais efetuou um contrato sobre responsabilidade civil para médicos, dentistas ou qualquer outra profissão.

A pergunta que fica é: Qual é seu maior patrimônio? Seu carro, sua casa ou sua profissão?

Com certeza a ordem está invertida. Nossa profissão é nosso maior patrimônio, e, por sua vez, paga pelo sonho da casa própria e também por um belo carro do ano.

O investimento enorme e contínuo, iniciado por profissionais competentes desde antes do vestibular, pode ser levado por água abaixo por um pequeno deslize não intencional, ou mesmo pela má-fé de um cliente.

Afinal, nos dias de hoje, qualquer um processa um ótimo profissional prestador de serviços por qualquer bobagem e pode ganhar uma bolada.

Da mesma forma que eu posso errar ao emitir uma ordem na bolsa de valores colocando um zero a mais ou a menos no campo errado, um profissional da saúde pode ter uma cãibra justamente quando usa seu bisturi.

Somos todos humanos e suscetíveis a erro. E um pequeno deslize pode ser a "gota" para uma demanda de responsabilidade civil. Consequentemente, a reputação de um profissional, por incrível que pareça, pode ser ameaçada.

Ao contrário do que se imagina, a contratação de um seguro sobre responsabilidade civil não tem um custo tão grande. Como exemplo, o meu corretor fez alguns cálculos e os resultados são impressionantes.

Na simulação, consideramos as coberturas que podem ser contratadas por um dentista - profissão plenamente conhecida e que todos reconhecem como essencial e de alta especialização.

De acordo com os cálculos feitos, para uma cobertura de R$ 50 mil, o valor e investimento anual é de R$ 225,45. Se subirmos a indenização para R$ 600 mil, o custo ao ano seria de R$ 874,86.

Feitos os cálculos, dá para verificar que R$ 500 mil em indenização em um processo pode levar um profissional à falência e arruinar sua carreira.

No entanto, para se proteger contra uma demanda deste montante, basta desembolsar menos de R$ 800,00 por ano neste tipo de cobertura, ou seja, menos que R$ 66,00 por mês (equivalente a uma garrafa de vinho).
Este será o custo para termos a mesma tranquilidade que buscamos ao cobrir nosso carro.

Pergunta final: Quem trabalha melhor e produz mais? O profissional tranquilo ou o inseguro?

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