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Segmento residencial cresce 24%

Fonte: Valor Econômico

O segmento do seguro residencial comemora alta de 24% neste ano e confia num desempenho futuro ainda melhor, em função, principalmente, das vendas combinadas com seguros de autos, e da inclusão dos serviços de assistência residencial nas apólices.

Com expansão de 63 % na comparação com o ano passado, a Bradesco Auto\/RE, um dos principais segmentos do grupo Bradesco Seguros, lidera esse movimento. No ano passado eram 800 mil casas seguradas, que este ano saltaram para 1,4 milhão. Marco Antonio Gonçalves, diretor-gerente do grupo, dá a receita: "Investimos na capacitação dos corretores e facilitamos a contratação, com vendas combinadas que dão direito a desconto para quem faz um seguro do carro e da casa", revela.

Um dos maiores orgulhos é o aumento do seguro residência entre os moradores do morro Dona Marta, no Rio. "Ao custo de R$ 9 por ano, o morador garante uma indenização de R$ 10 mil para casas avaliadas em cerca de R$ 40 mil", explica. "O mercado residencial tem um potencial imenso e praticamente inexplorado. É a principal aposta da Bradesco Seguros atualmente", comemora.

Consultor na área de seguros há 35 anos, o advogado Adilson Neri Pereira acredita que a falta de interesse por esse tipo de seguro (apenas 12% num universo de mais de 50 milhões de imóveis) é uma questão cultural, que só mudará no longo prazo. "Na Europa e nos Estados Unidos a preocupação maior é com a proteção da família.

Gastam mais com seguro de vida e residência. Aqui, a pessoa não sai da concessionária sem fazer um seguro para o carro, mas o filho sai da maternidade sem seguro de vida ou previdência", compara.

O gasto anual para garantir uma indenização de até R$ 200 mil em caso de incêndios ou raios para uma casa avaliada em cerca de R$ 300 mil fica em torno de R$ 300.

"As pessoas imaginam que o gasto com o seguro residencial é proporcional ao do carro e acham que não terão condições de arcar com esse gasto", justifica Marcelo Santana, da Porto Seguro, maior corretora entre as independentes.

O analista financeiro Eduardo Santos Barros não se. Prevenido, ele tratou de contratar um seguro residência logo que comprou a casa própria, há dez anos. O sobrado na zona leste, avaliado em R$ 300 mil, foi segurado em R$ 100 mil, ao custo de R$ 400 por ano. Por enquanto o prejuízo é todo da seguradora. "Fui roubado duas vezes. Na última levaram TVs, computadores e toda a roupa da minha filha. Apresentei o boletim de ocorrência e as notas fiscais e 15 dias depois a seguradora liberou R$ 7 mil", relembra. "O gasto compensa. Não fico sem seguro de jeito nenhum."

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