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Fundos de pensão sob medida para pastores e atletas

Fontr: Brasil Econômico

Ao todo, 800 religiosos da Assembleia de Deus poderão usufruir do benefício; Petros prepara produto para jogadores de futebol

Se o mercado de fundos de pensão apresenta crescimento consistente ano após ano, os créditos devem ser dados aos fundos instituídos ou associativos - fundações criadas por sindicatos, federações, associações, entidades de classe e, por que não, até mesmo por igrejas.

Isso mesmo. A Convenção das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus de Santa Catarina e Sudoeste do Paraná recebeu aval da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) para constituir um fundo de pensão, o CiadPrev, cuja administração será feita pela Quanta Previdência Unicred e Mongeral Seguros.

"Estamos felizes em constituir um fundo de pensão, já que a previdência aberta não estava atendendo aos nossos anseios", diz Eliel da Costa Batista, assessor da presidência da Convenção das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus de Santa Catarina e Sudoeste do Paraná (Ciadescp).

Ao todo, 800 pastores poderão usufruir do benefício, sejam eles integrados (dedicados integralmente à igreja) ou voluntários.

"Assim que recebemos aval da Previc [em 11 de novembro deste ano], reunimos as regionais e apresentamos o processo de adesão ao fundo de pensão. Já colhemos a assinatura de 95% dos pastores e o restante deve ser feito em janeiro", explica Batista.

Mas engana-se quem pensa que o planejamento previdenciário dos pastores da Ciadescp, cuja idade varia entre 40 e 45 anos, começou a ser feito agora. Desde 2000, os religiosos contribuem com um plano de previdência aberto. "Optamos por fazer a portabilidade dos recursos para um fundo fechado administrado pela Quanta.

Desde que iniciamos os contatos com a entidade, em abril do ano passado, gostamos do modelo", ressalta o assessor da presidência do Ciadescp.

Rompendo fronteiras

Batista ressalta que sua intenção é levar o benefício a outros estados. Para tanto, a proposta precisa ser apresentada à Convenção Geral da Assembleia de Deus. "Vamos expor a ver a recepção.

Tomara que gostem."

Benefício a atletas

A Petros, dos funcionários da Petrobras, está elaborando um fundo de pensão para os jogadores de futebol associados a seis sindicatos - entre eles São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Rio Grande do Sul (RS).

Wagner Pinheiro, presidente do fundo, diz que a prioridade é ampliar o número de adesões, principalmente de profissionais liberais. Porém, o desafio é a comunicação. Em um fundo de pensão tradicional, patrocinado por empresas, a distribuição do plano é feita por meio do RH. Já na previdência associativa, nem todos mantêm contato direto com a associação ou sindicato.

Hoje, a Petros administra 44 planos. "Como alguns custos administrativos são fixos, a estrutura atual da Petros é suficiente para elevar o número de participantes em 30% sem onerar a entidade", aponta.

Em junho deste ano, o número de participantes ativos do fundo de pensão da Petrobras superava 78 mil.

O maior fundo instituído é o da Ordem dos Advogados do Brasil (OABPrev) - isso se somados os participantes das oito seccionais. Apenas os estados de Alagoas e Bahia não estão abrangidos no sistema.

"O sistema cresce mais facilmente pelos fundos instituídos", confirma José de Souza Mendonça, presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp).

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