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Perdas de seguradoras com catástrofes crescem 24% no ano

Fonte: Brasil Econômico

Desastres naturais ou provocados pelo homem geraram prejuízo de US$ 222 bi, dos quais US$ 36 bi eram cobertos

As catástrofes naturais e os desastres causados pelo homem devem gerar neste ano prejuízos três vezes maiores do que no ano passado, segundo a prévia do estudo Sigma, feito pela resseguradora Swiss Re. Os prejuízos econômicos causados à sociedade devem atingir US$ 222 bilhões, sendo que em 2009 totalizaram US$ 63 bilhões. O custo para a indústria de seguros foi de US$ 36 bilhões, 24% maior do que no ano anterior.

Destes, US$ 31 bilhões foram provenientes de desastres naturais e US$ 5 bilhões causados pelo homem. No ano passado, o custo para as seguradoras foi de US$ 27 bilhões. "Embora visivelmente maiores do que as perdas médias sofridas com terremotos, em 2010, as reclamações totais ficaram na faixa da média de 20 anos, devido a perdas bem abaixo do normal sofridas com furacões nos Estados Unidos", diz o estudo assinado pela equipe da Swiss Re.

A estimativa de US$ 36 bilhões de custos ao setor de seguros neste ano, porém, ainda está sujeita a revisões, uma vez que a estação das tempestades de inverno na Europa ainda não terminou, por exemplo.

Perdas Lucia Bevere, co-autora do estudo, explica que os riscos de perdas catastróficas de propriedade são globalmente pulverizadas entre um número grande de seguradoras e resseguradoras, o que permite ao setor lidar com o problema sem grandes impactos. "As seguradoras participam deste negócio na medida em que são capazes de fornecer cobertura", diz Lucia. Segundo ela, essa "rede de segurança" tem-se revelado estável para lidar até mesmo com eventos extremos, como o 11 de Setembro e furacões como o Katrina e grandes terremotos, como os ocorridos no Chile.

O desastre acontecido naquele país no início do ano foi o que gerou o maior prejuízo coberto pelo mercado de seguros em 2010: US$ 8 bilhões. O segundo maior envolveu as tempestades de inverno na Europa, cujo custo foi superior a US$ 2,8 bilhões (veja mais ao lado).

Em termos de número de mortos, o terremoto no Haiti apresentou um saldo de 222 mil mortes. "A maioria dos eventos mais custosos causados pelos terremotos no Chile e na Nova Zelândia e a tempestade de inverno na Europa Ocidental tinham cobertura de seguros, mas eventos como o terremoto no Haiti e as enchentes na Ásia praticamente não tinham cobertura", observa Thomas Hess, economista-chefe da Swiss Re.

Lucia explica que, na ausência de cobertura de seguro ampla, uma grande parcela das perdas financeiras precisam de ser assumidos pelos governos.

No entanto, com economias frágeis geralmente com elevado nível de endividamento, na maioria das vezes, os governos de países em desenvolvimento dependem da ajuda de doadores para financiar as necessidades de pós-desastre.

Em alguns países, há iniciativas público-privadas para tentar cobrir parte desses riscos.

Um exemplo é o programa de seguros que a Swiss Re desenvolveu para o Vietnam Agribank Insurance Joint Stock Company (ABIC) para cobrir os empréstimos aos produtores de arroz em caso de perda de renda causada por eventos como secas, enchentes e tufões.

Terremoto ocorrido no Chile foi o evento que gerou a maior perda para as empresas do segmento no ano: US$ 8 bilhões

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