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Riscos Ambientais: segmento movimenta US$ 2 bi nos EUA

Fonte: Brasil Econômico

No Brasil, seguros de riscos ambientais têm faturamento de até US$ 10 milhões por ano

As apólices de risco ambiental movimentam cerca de US$ 2 bilhões por ano nos Estados Unidos, um dos mercados mais desenvolvidos em termos de coberturas de riscos ao meio ambiente, segundo Jeferson Bem, superintendente de Responsabilidade Civil da Ace Seguros. "No Brasil, contudo, este segmento movimenta entre US$ 5 milhões e 10 milhões", compara.

É difícil precisar exatamente qual é o faturamento desse segmento, pois seus números são compilados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) dentro da carteira geral de "responsabilidade civil". O superintendente da Ace conta, contudo, que o órgão irá criar uma categoria específica para a modalidade já no ano que vem.

Demanda Nos EUA, os segmentos que mais contratam seguro de riscos ambientais são a indústria de eletroeletrônicos e empresas que trabalham com propriedades imobiliárias, como bancos e fundos de investimentos, conta Bem. "Geralmente, elas não sabem o histórico de uso do imóvel e podem vir a ter de responder por passivos ambientais passados", explica o superintendente. Ele conta o caso de uma indenização que a Ace pagou nos EUA a uma empresa de arquitetura, cuja atividade apresenta baixa probabilidade de apresentar danos ambientais. O prédio em que a empresa estava sediada, porém, havia abrigado anos antes uma gráfica, que havia causado um dano gradual.

A terceira indústria que mais demanda a cobertura nos EUA é a de petróleo e toda sua cadeira de fornecedores (excluindo operações offshore), seguida das empresas químicas e empresas de tratamentos de resíduos.

"Mas toda empresa, independentemente do seu ramo de atuação, tem algum grau de exposição", pondera Bem.

Histórico Quem trouxe a modalidade no Brasil foi a AIG, em 2004, por meio da parceria que tinha com o Unibanco. Quando a americana passou por problemas financeiros lá fora, a associação foi desfeita e as operações no Brasil deram início à Chartis. Com a fusão com o Unibanco, a seguradora do Itaú incorporou o produto.

Desde julho deste ano, quando lançou o produto, a Ace já fechou cinco contratos de seguros de riscos ambientais, entre eles com multinacionais cujas matrizes já contratavam a apólice com a Ace em seus países de origem, indústria química e de descarte de materiais e resíduos.

Para Marco Ferreira, analista sênior de seguros ambientais da Itaú Seguros, outro segmento de demanda é setor exportador.

"Muitas vezes, os compradores lá fora exigem certificados e seguros", diz.

O QUE O SEGURO DE RESPONSABILIDADE AMBIENTAL COBRE?

1 - Oferta da apólice ainda é restrita

No Brasil, só três seguradoras oferecem apólice que cobre riscos ambientais: Itaú, Chartis e Ace. A apólice de responsabilidade civil tradicional cobre danos materiais e físicos causados pela operação da empresa que contratou o seguro, mas exclui os danos causados por uma poluição ambiental, daí a necessidade da contratação dessa apólice.

2 - Seguro cobre terceiros e empresa

As apólices têm variações de cobertura dependendo da seguradora, mas no geral cobrem danos materiais e físicos causados a terceiros, decorrentes de poluição ambiental causada pela empresa contratante do seguro.

Cobre também os danos causados a própria empresa, bancando a despoluição, limpeza e recuperação da área atingida.

3 - Cobertura para perda de lucro

A poluição ambiental pode causar a paralisação das operações da empresa, muitas vezes por conta da intervenção do órgão ambiental competente, que ordena o fechamento provisório da empresa. Nesses casos, o seguro tem a cobertura de "lucro cessante", que é o ganho que a companhia deixou de ter no período em que deixou de operar.

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