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Setor de seguros deve faturar R$ 200 bilhões em 2011

Fonte: Portal IG - Mercado Financeiro

Avanço esperado para indústria é de 12,1%, segundo a CNSeg; segmento de proteção para pessoas deve liderar o crescimento

O mercado de seguros deve crescer 12% e as empresas devem faturar R$ 201 bilhões no ano que vem, de acordo com dados da Confederação Nacional das Empresas de Seguros, Previdência, Saúde e Capitalização (CNSeg), apresentados nesta terça-feira. Esse número inclui seguros gerais, saúde complementar, previdência aberta, seguros de pessoas e capitalização. O segmento de pessoas deverá liderar o avanço, com crescimento previsto em 14,8%, para cerca de R$ 58,6 bilhões.

No entanto, o segmento mais expressivo da indústria continua a ser o de saúde, que deve ter um salto de 11,7% com R$ 78,8 bilhões. O avanço menos expressivo, de 7,5%, deverá vir da área de previdência aberta. “Apesar de ser um ritmo menor, é forte e está acima do PIB [Produto Interno Bruto]. Isso é natural pois esta área já expandiu muito”, comenta Jorge Hilário Gouvêa Vieira, presidente da CNSeg.

Entre as perspectivas da entidade para 2011, Vieira afirmou que a CNSeg pretende buscar o desenvolvimento de seguros rural, de ambiente, de responsabilidade de executivos, o chamado D&O, e também expandir o acesso para classes C e D. Também estão na pauta da confederação a busca pela simplificação da informação para clientes. “Hoje o consumidor desconhece as regras e os benefícios”, diz Vieira.

Neste sentido, Solange Beatriz Palheiro Mendes, diretora executiva da CNSeg, disse que a confederação investirá em cursos de capacitação de profissionais do setor. “O grande problema do seguro, hoje, é a assimetria da informação. O melhor uso, por parte dos clientes, reduz custos para as empresas, o que acaba diminuindo o preço”, afirma. Segundo ela, serão distribuídas também cartilhas para a popularização do setor.

Balanço de 2010

Para 2010, a projeção é de que o setor termine o ano com um movimento de R$ 179,3 bilhões, um crescimento de 12,8% em relação a 2009. Este valor significa 5,05% do PIB brasileiro, praticamente a mesma proporção de 2009.

Em um balanço do setor em 2010, Vieira destacou o mercado de resseguros, que fechou com R$ 4,5 bilhões e com mais de dez das maiores resseguradoras mundiais atuando no País. O crescimento do mercado com a ascensão das classes C e D foi outro aspecto destacado pelo presidente da CNSeg.

Agência reguladora

Sobre a criação de uma empresa nacional de seguros, o que foi bastante falado em 2010, Vieira afirmou que a informação que ele tem é que não será uma seguradora. “Temos a palavra do governo de que será uma agência de cobertura de risco, o que não concorre conosco”, afirmou.

Segundo ele, o mercado é a favor de uma agência reguladora para o setor. Segundo ele, a CNSeg elaborou um código de ética, que foi aprovado no mês passado. “Temos a adesão de todas as seguradoras”, afirmou. Esse documento é bastante baseado no código de ética da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), segundo Vieira, e é um passo no sentido da criação de uma agência reguladora.

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