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Acusada de fraude em seguro trabalhista, AIG faz acordo judicial

Fonte: Valor Econômico

A American International Group (AIG), que recebeu um socorro de US$ 182,3 bilhões do governo dos Estados Unidos, concordou em pagar US$ 450 milhões a seguradoras concorrentes para colocar um fim a alegações de que ela teria enganado pools bancados pelo setor que prestam seguros a trabalhadores acidentados.

A Travelers Cos.e aHartford Financial Services Group estão entre os sete concorrentes que receberão o dinheiro, segundo informou na sexta-feira a AIG em uma proposta de acordo encaminhada em Chicago. A Safeco, subsidiária da Liberty Mutual, entrou com processo em 2009 acusando a AIG de prestação de contas insuficientes e fraudulentas por um longo período, buscando uma reparação de mais de US$ 1 bilhão. A Liberty Mutual, que vinha tentando transformar o caso em uma ação coletiva, não foi incluída no acordo.

A AIG, que já foi a maior companhia de seguros do mundo, concordou em dezembro em pagar US$ 100 milhões em multas e US$ 46,5 milhões em impostos e avaliações para por fim a um investigação por autoridades reguladoras estaduais, sobre a remuneração de trabalhadores. O executivo-chefe Robert Benmosche vem resolvendo disputas legais com investidores e o ex-executivo-chefe Maurice Hank Greenberg, enquanto vende ativos para pagar o socorro recebido do governo e reconquistar sua independência.

Os acordos dão crédito à acusação de que a AIG, mesmo pelos padrões um tanto quanto evasivos que se aplicam às grandes companhias de seguros, estavam jogando seu próprio jogo aí, disse na semana passada, antes do anúncio, Edward Priz, presidente da Advanced Insurance Management, uma consultoria de seguros comerciais de Riverside, Illinois.

É uma pena a Liberty não querer participar desse acordo justo e razoável , disse Mark Hee, um porta-voz da AIG. Como as sete outras seguradoras reconheceram ao tentar interferir na ação, a preferência da Liberty por prosseguir com o litígio não está dentro dos melhores interesses dos demandantes.

Gary Elden, um advogado da LIberty Mutual, disse em um comunicado que o acordo é um ato de egoísmo e prejudicial aos 600 demandantes porque ignora as evidências de falhas nas prestações de contas ocorridas durante o processo.

O atual processo de instrução, que estará quase completo dentro 60 a 90 dias, deveria poder prosseguir sem interrupções para que a AIG seja responsabilizada pelo verdadeiro grau de suas prestações de contas insuficientes, disse Elden. Um acordo final deve ser aprovado pelo conselho de administração da AIG, o Departamento do Tesouro dos EUA e o Federal Reserve (Fed), segundo os documentos.

A AIG chegou à beira do colapso em 2008, por causa dos investimentos atrelados ao mercado imobiliário. O governo resgatou a companhia com uma linha de crédito de US$ 60 bilhões do Fed, um investimento de até US$ 69,8 bilhões do Departamento do Tesouro, e até US$ 52,5 bilhões para a compra de ativos atrelados a hipotecas de posse ou garantidos pela seguradora.

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