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Crescimento estimado para 2011 é de 13%

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Seguradoras devem movimentar receita superior a R$ 100 bilhões e um dos destaques, mas uma vez, será a VGBL, cujas vendas tendem a subir 16,6%

Em 2011, nenhuma liderança do mercado de seguros espera ver repetido o desempenho das vendas observado em 2010, tido como o melhor dos últimos anos.

Mas as perspectivas são otimistas, como reveladas ao longo do mês de dezembro. O titular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Paulo dos Santos, por exemplo, não deixou de destacar que o futuro da atividade de seguros é promissor.

Para ele, o mercado de seguros tem tudo para continuar em crescimento ascendente no próximo ano, quando serão iniciadas as grandes obras de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e dos eventos esportivos programados para 2014 (Copa do Mundo) e 2016 (Jogos Olímpicos), conforme revelou em encontro no Clube Vida em Grupo de São Paulo (CVG-SP).

O presidente da Confederação Nacional das Seguradoras, Jorge Hilário Gouvêa Vieira, por sua vez, apontou a ascensão das classes C e D como fator significativo para a expansão da indústria de seguros em 2010, bem como o aumento da renda do trabalhador brasileiro. Nessa linha, em encontro com a imprensa, manifestou-se certo de que o acesso das classes de menor poder aquisitivo aos seguros populares continuará sendo prioritário em 2011.

Ele entende, contudo, que é preciso identificar os gargalos que impedem que a indústria de seguros brasileira cresça de forma a ocupar uma participação na economia mais representativa, assim como ocupa em países mais desenvolvidos.

O mesmo otimismo é compartilhado pelo presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), Jayme Brasil Garfinkel, embora não acredite que 2011 venha a superar o desempenho das vendas verificadas em 2010. "Dificilmente 2011 será melhor que 2010", avaliou.

TENDÊNCIAS. 
Cálculos da CNSeg, formulados pela Siscorp Sistemas Corporativos, confirmam essa percepção. A projeção, que usa dados reais até outubro último, indica que em 2010 o faturamento da atividade de seguros, de R$ 88,769 bilhões, fechou 15,5% acima do contabilizado em 2009. Tal receita, inclusive, pula para R$ 123,443 bilhões se incluídos o ramo saúde, os planos de previdência complementar aberta e os títulos de capitalização.

Para 2011, a estimativa é de crescimento em ritmo mais lento, embora de dois dígitos. Se os cálculos da CNSeg se confirmarem, a indústria de seguros fechará 2011 movimentando prêmios de R$ 100,298 bilhões, 13% acima de 2010. Esta receita tende a subir para R$ 138,560 bilhões, alta de 12,2%, se adicionados o seguro-saúde, os planos de previdência aberta e os títulos de capitalização.

No segmento de seguros gerais, o faturamento esperado para 2011 é de R$ 41,302 bilhões, expansão de 10,5% sobre 2010. Em evidência, estarão os seguros ligados à construção e às obras de infraestrutura. Assim, depois de amargar queda de 16,5% em 2010, o ramo de riscos de engenharia deve avançar 18,3%, fechando com receita de R$ 530,1 milhões. Comportamento idêntico é esperado na carteira de garantia contratual, que deve aumentar 19,9%, para R$ 789,1 milhões.

No campo da moradia, o quadro delineado é animador para o seguro habitacional em 2011: elevação de 18%, depois de crescer 20,5% em 2010. O giro da receita esperada é superior a R$ 1,2 bilhão. Já a avaliação do seguro residencial aponta para uma desaceleração acentuada.

Sai do crescimento de 21,2% em 2010 para uma alta abaixo de dois dígitos em 2011, de 9,6%, contabilizando R$ 1,369 bilhão.

Na área automotiva, a previsão é que o seguro de veículos, incluindo a cobertura de responsabilidade civil facultativa, feche 2011 com R$ 21,487 bilhões em caixa, 11% acima do exercício anterior, encerrado com crescimento de 14%.

PESSOAS. 
O cenário traçado pela CNSeg para os seguros de pessoas em 2011, com receita próxima de R$ 59 bilhões, também antevê as vendas evoluindo em ritmo mais moderado: 14,7%, contra 17,3% em 2010. O VGBL vai puxar o avanço do setor, movendo R$ 41,863 bilhões, com prognóstico de alta de 16,6%. Os seguros populares vão ganhar igualmente destaque neste campo, como a carteira prestamista, que deve subir 12%, e a de planos de acidentes pessoais coletivos, com alta de 14%.

Para o seguro-saúde, a expansão estimada para 2011 é de 11,7%, para R$ 15,279 bilhões. Patamar semelhante é esperado na área de títulos de capitalização, com alta de 11% e receita de R$ 13,062 bilhões. Já os planos de previdência complementar aberta devem crescer apenas 7,5%, girando R$ 9,920 bilhões.

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