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Pesquisa da Swiss Re revela que parcerias público-privadas podem reduzir ônus financeiro do governo com desastres

Fonte: Swiss Re

Zurique, 27 de janeiro de 2011 – As soluções de parcerias público-privadas podem aliviar consideravelmente o ônus financeiro representado pelas catástrofes naturais nos orçamentos públicos. Os custos econômicos das catástrofes naturais saltaram da média de US$ 25 bilhões por ano na década de 1980 para US$ 130 bilhões na década de 2000. Com o surgimento das mudanças climáticas, eventos catastróficos como furacões, inundações e secas tendem a aumentar ainda mais, atingindo em particular mercados emergentes e países em desenvolvimento.

A gravidade e frequência crescentes das catástrofes naturais estão elevando o custo do auxílio humanitário em desastres, sobretudo nos mercados em desenvolvimento e emergentes, visto que são os mais prejudicados e menos preparados. Quando o furacão Ivan devastou Granada em 2004, as perdas econômicas atingiram o valor de US$ 889 milhões, isto é, a incrível porcentagem de 203% do PIB da ilha caribenha. Um ano depois, o país deixou de honrar sua dívida externa. No caso do terremoto do Haiti, ocorrido mais recentemente, as perdas ainda assim ficaram em 114% do PIB.

Do financiamento pós-desastre a uma abordagem em três fases

“A crescente exposição a catástrofes requer uma abordagem mais diversificada para o financiamento da ajuda humanitária nos desastres”, afirma Michel Lies, Presidente de Parcerias Globais da Swiss Re. Até o momento, o foco da gestão de risco de desastres tem sido no socorro, recuperação e reconstrução pósevento. Em vez disso, é preferível uma abordagem mais equilibrada, que combine elementos anteriores e posteriores ao evento. Como prioridade principal, os governos devem assegurar o funcionamento de um mercado de seguros por meio de legislação apropriada, o que ajudará a absorver uma grande parcela das perdas provocadas por desastres sofridas por indivíduos e empresas. Em seguida, os governos devem estudar soluções de financiamento pré-evento para a acumulação de reservas, financiamento condicionado e também soluções de seguro soberano. O financiamento de auxílio humanitário, recuperação e reconstrução pós-desastre por meios orçamentários, o financiamento da dívida e o auxílio de doadores somente devem entrar em jogo para cobrir perdas residuais após o esgotamento de todas as outras soluções de transferência de risco. Em uma nova publicação, a Swiss Re explica, em sete estudos de caso, como esses conceitos foram aplicados na prática.

Furacões e terremotos: o exemplo da CCRIF

Um exemplo é a Caribbean Catastrophe Risk Insurance Facility (CCRIF – Organização Caribenha de Seguros contra Risco de Catástrofes), que segura 16 países e territórios do Caribe contra terremotos e furacões. A CCRIF funciona como um mútuo de seguros, combinando as vantagens do agrupamento de reservas dos governos participantes com a capacidade dos mercados financeiros. A entidade retém alguns dos riscos segurados pelos governos participantes e transfere o restante para os mercados de resseguros. Juntamente com outras resseguradoras, a Swiss Re está apoiando a CCRIF como a principal resseguradora.
Transferência de risco financeiro: parte de um contexto maior “Por meio de seu envolvimento em várias parcerias públicoprivadas, a Swiss Re tem um histórico de capacidade efetiva de apoiar governos na luta contra as implicações financeiras das catástrofes naturais e aumentar a capacidade de recuperação dessas sociedades diante da adversidade”, diz Liès. Contudo, ele ressalta que a transferência de risco financeiro não deve ser encarada de forma isolada. Convém adotar uma abordagem de gestão de risco integrada e estruturada que inclua uma análise aprofundada do cenário de riscos. Desse modo, os decisores políticos e do setor público são capazes de determinar as prioridades com antecedência e alocar recursos escassos de
forma condizente. Uma abordagem abrangente permite aos governos minimizar os riscos sempre que possível, transferir os custos dos riscos extremos, como catástrofes naturais, sempre que necessário e, assim, manter a saúde financeira de seus países no longo prazo

Notas aos editores

Informações adicionais

A publicação da Swiss Re “Closing the financial gap – Public private partnerships: New solutions for financing disaster risks” (“Eliminando a lacuna financeira - Parcerias Público-Privadas: Novas soluções para o financiamento dos riscos de desastre”) traz sete estudos de caso: do Caribe, América Central, México, o estado norte-americano do Alabama, Malaui, China e Vietnã. Eles ilustram como mecanismos de financiamento pré e pós-desastres podem funcionar na prática: Para ler, visite: www.swissre.com

Para obter mais informações sobre as transações da Swiss Re e a metodologia ECA, publicadas inicialmente no relatório do Grupo de Trabalho ECA, intitulado “Shaping Climate-Resilient Development” (“Moldando o desenvolvimento resistente ao clima”), visite www.swissre.com ou www.swissre.com/climatechange.

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