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Regra para baixa renda pode trazer 100 milhões

Fonte: Valor Econômico

A regulamentação do microsseguro, voltado para a população de baixa renda, é a maior aposta das empresas seguradoras para o setor dar um salto importante nesta década. Os executivos das empresas acreditam que a legislação do microsseguro, em tramitação no Congresso, possa trazer 100 milhões de pessoas hoje fora do mercado segurador.

De acordo com o diretor executivo do grupo Bradesco Seguros, Eugênio Velasques, o objetivo da regulamentação, que vem sendo discutida desde 2008, é simplificar o processo de contratação de uma apólice de prêmio reduzido e agilizar o pagamento dos sinistros. Busca também baratear o processo. Às vezes, para vender um seguro de vida, são exigidos 10 a 12 passos. É necessária, por exemplo, a assinatura da proposta, o envio da documentação, diz Velasques.

As seguradoras querem a autorização para o uso de meios eletrônicos na comercialização e para regular os sinistros. A apólice poderia ser contratatada através de um telefone celular ou numa lan house. O projeto prevê também a criação da figura do corretor de microsseguros, que venderia as apólices em comunidades pobres ou cidades do interior. Pode ser um aposentado da região, uma cooperativa agrícola local, afirma Velasques. A simplificação é uma necessidade da indústria de seguros, para que ela possa até criar produtos mais simples a serem oferecidos aos clientes.

As seguradoras acreditam que a regulamentação do microsseguro faça mais que dobrar a participação do mercado de seguros no Produto Interno do Brasil (PIB) do país até 2020, atualmente em 3,5% a 3,6%. Segundo a Bradesco Seguros, até mesmo nas classes A e B, apenas 45% das famílias fazem seguro. Nas mais pobres, são só 13%. Na Bradesco, alguns produtos com filosofia e conceito do microsseguro já estão disponíveis. Um de sucesso é o Primeira Proteção Bradesco, cuja venda foi iniciada em janeiro de 2010 e conta até agora com 560 mil segurados e faturamento de R$ 12 milhões em prêmios.

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