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Seguradoras fazem análise do risco por telefone

Fonte: Brasil Econômico

Conhecido como telesubscrição, modelo substitui no seguro de vida a declaração de saúde por entrevista telefônica feita por uma enfermeira, o que reduz custos e amplia vendas

A resseguradora Swiss Re está trazendo para o país um serviço que promete aumentar as vendas de seguros de vida individual: a telesubscrição. Como o nome sugere, é a análise de riscos feita por meio do telefone.

Nascido nos Estados Unidos e também recente na Europa, o serviço é uma espécie de call center ativo. Nele, enfermeiras e médicos devidamente treinados ligam para os clientes que assinaram propostas para fazer seguro de vida com corretores ou gerentes de banco para fazer as perguntas sobre saúde que precisam ser preenchidas num formulário anexado à apólice - chamado de declaração pessoal de risco e saúde (DPS).

"O trabalho dos corretores e gerentes de bancos é vender."

Eles não querem e nem têm o conhecimento necessário para coletar informações sobre a saúde do cliente", diz Rolf Steiner, chefe da operação da Swiss Re no Brasil e Cone Sul.

"Os peritos, profissionais da saúde, coletam todas as informações relevantes em uma entrevista individual, o que reduz a necessidade de processos desnecessários de subscrição adicional", afirma.

A melhoria da eficiência operacional e o aumento da produtividade do canal de distribuição são apontados como os dois principais desafios das seguradoras de vida na opinião de Samy Hazan, superintendente da Marítima Seguros.

"Nos países em que tem sido adotada, a telesubscrição tem mostrado excelentes resultados operacionais, em termos de ganhos de eficiência e também aumento de produtividade em canais de vendas não especializados", diz. Para ele, o serviço incentiva a entrada de corretores de ramos elementares (patrimonial) na carteira de vida.

Entusiasta do modelo, Hazan aponta que cerca de 15% dos negócios envolvendo seguro de vida são perdidos por desistências, informações incompletas ou propostas recusadas. Ele acredita que esse percentual pode ser bastante reduzido com a adoção do sistema.

"A seguradora ganha na qualidade das informações e em competitividade, o que se traduz em maior volume de negócios fechados", concorda Steiner, da Swiss Re.

Sulamérica dá a largada Para ofertar o serviço, a Swiss Re fechou parceria com a Advance Medical, especialista na gestão de cuidados de saúde. A empresa oferece a telesubscrição para as seguradoras de vida que são clientes da Swiss Re.

No Brasil, uma das primeiras a usar o sistema foi a Sulamérica, que roda um projeto piloto.

Até o final do ano, a Marítima também deve aderir ao serviço.

"Como nossa carteira de vida é nova, temos que primeiro fazer alguns ajustes operacionais e de sistemas", diz Hazan.

Maior qualidade na informação Para os seguradores, na entrevista telefônica gravada os clientes tendem a omitir menos informações do que quando preenchem a declaração.

No longo prazo, isso tende a diminuir a sinistralidade da carteira de vida, o que faz com que as resseguradoras de em desconto no resseguro para as companhias que adotaremo sistema.

Rolf Steiner, da Swiss Re, conta que esse é um dos tipos de serviços que as resseguradoras oferecem para as seguradoras sem cobrança. "É como os serviços de assistência dos seguros de carros, por exemplo." Uma grande concorrente da Swiss Re também nesse produto é a Munich Re. Nos Estados Unidos, outra resseguradora forte em telesubscrição é a Transamérica.

Na Europa, a Scor, presta o serviço.

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