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Seguro vale para desastres naturais

Fonte: Jornal do Commercio - PE

Apesar de muita gente não saber, a apólice cobre danos causados nos carros por fenômenos como a chuva que deixou mais de 700 mortos no Rio de Janeiro

Começou a chover, o temporal engrossou e a água entrou no carro. E agora? Muita gente viveu esse drama com a forte chuva, que deixou mortos, inundou bairros e destruiu vários veículos no Rio de Janeiro, semana passada. Cenas de automóveis arrastados pela correnteza ou pendurados sob os destroços também chamaram a atenção para a tragédia e levantaram uma dúvida: quem tem seguro pode ser ressarcido ao ter o carro afetado pela enchente? Apesar da dúvida deixar muitos motoristas preocupados, a Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão que fiscaliza essas operações, determinou desde 2004 que todos os planos básicos com cobertura contra colisão, incêndio e roubo também devem se responsabilizar por submersão total ou parcial do veículo em água doce.

A empresa é responsável inclusive se o carro estiver no subsolo, como numa garagem de um prédio, por exemplo , afirma Carlos Valle, vice-presidente no Nordeste da Federação Nacional dos Corretores e Empresas Corretoras de Seguro (Fenacor). Já veículos apenas com cobertura parcial, cujo contrato não prevê a cláusula básica de colisão, não são protegidos em caso de alagamento. O motorista que fizer alguma ação que comprove o agravamento de risco desnecessário, como atravessar uma rua inundada por sua conta e risco, também não tem direito a indenização.

Se o condutor optar passar intencionalmente por uma rua alagada, mesmo sabendo do risco que ela oferece, ficará sem cobertura , esclarece Carlos Valle, acrescentando que se o volume da chuva aumentar e houver enchente, pode ser o caso de fazer uma pausa antes de seguir viagem. Antes de se preocupar com o carro, o motorista deve preservar a própria vida.

Debaixo da enchente é impossível saber os obstáculos, buracos ou sujeiras que existem no asfalto. Além disso, há a possibilidade de o veículo flutuar e ser arrastado pela enxurrada, o que coloca em risco a segurança dos demais passageiros. Em caso de alagamento do automóvel, o segurado deve comunicar seu corretor de seguros ou a central 24 horas de atendimento da empresa, solicitando um guincho para levar o veículo a um local seguro.

Normalmente, um técnico da seguradora fica responsável pela avaliação do carro e saber se ele pode ser recuperado ou se houve perda total, quando os danos superaram 70% o valor de mercado do automóvel. Neste caso, a indenização é igual à de uma batida normal.

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