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Modal entra no setor de fundos de previdência

Fonte: Valor Econômico

Estratégia: Gestora fechou parceria com a Itaú Vida e Previdência para lançar carteiras PGBL e VGBL.

Luciana Monteiro

Num mercado altamente competitivo, a previdência privada tornou-se uma aplicação importante para os gestores de recursos independentes. A mais nova casa a integrar o time de assets a oferecer planos de previdência é a Modal, que fechou parceria com a Itaú Vida e Previdência para lançar, em conjunto, um fundo nas versões PGBL e VGBL.

A previdência privada aberta vem atraindo cada vez mais casas independentes de gestão que querem ampliar a oferta de investimentos. E as seguradoras apostam nessas parcerias como canais de distribuição, principalmente no que se refere às instituições não ligadas a grandes bancos de varejo. Para o investidor, é a oportunidade de ter acesso a carteiras voltadas à aposentadoria com custos mais baixos, já que a maioria, nesses casos, não cobra taxa de carregamento.

No caso da parceria da Modal, a seguradora do Itaú vai estruturar um PGBL e um VGBL, mas a gestão dos recursos ficará a cargo da Modal. Trata-se de um fundo multimercado, com aplicação em renda variável. A aplicação inicial é de R$ 100 mil e a taxa de administração, de 2% ao ano. Não haverá taxa de carregamento na entrada e na saída.

Com o crescimento da economia, acaba sobrando um certo dinheirinho para o investidor, que opta por aplicações voltadas à aposentadoria, avalia Alexandre Póvoa, presidente da Modal Asset Management. Quando se olha para a indústria de fundos, se vê que o segmento de previdência aberta é o que mais cresce e queríamos entrar nessa área, afirma ele.

As aplicações voltadas à aposentadoria começaram a ganhar mais destaque entre as assets independentes também por conta da estagnação no crescimento dos fundos multimercados, após um período de forte expansão, lembra Póvoa. Além disso, não é fácil crescer em fundos de ações, porque muita gente prefere a compra direta de papéis, afirma o presidente da Modal.

De acordo com o executivo, a ideia da Modal, primeiramente, é tentar fisgar as empresas interessadas em oferecer plano de previdência aos funcionários. Outro público em potencial são os clientes pessoa física de mais alta renda. Os planos de previdência como forma de planejamento sucessório, já que essas modalidades de investimento não entram no espólio em caso de morte do participante, também devem ser trabalhados pela gestora para crescer nesse segmento.

A meta da carteira é oferecer retornos de 120% do CDI e, para isso, a Modal pretende buscar ganhos diferenciados na bolsa. Pela regra atual, os fundos de previdência podem aplicar no máximo 49% do patrimônio em ações. Como a aplicação em previdência deve ser de longo prazo, isso nos permite investir em papéis que não têm muita liquidez, com potencial para carregá-los por mais tempo até o investimento estar maturado, afirma Póvoa. A parte de renda fixa ficará aplicada em títulos públicos.

Entre as instituições que fecharam parceiras com seguradoras para oferecer planos dos tipos PGBL e VGBL estão Fram Capital, Claritas Wealth Management, Orbe Investimentos, GAP, Fator, BTG Pactual, Leblon Equities, BNY Mellon ARX e Votorantim. Em setembro do ano passado, houve a parceria da SulAmérica com o escritório carioca de gestão de fortunas Real Assets.

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