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JMalucelli Energia contrata bancos para fazer emissão

Fonte: Valor Econômico

O grupo JMalucelli, dono de 62 empresas, entre elas o Paraná Banco, prepara o lançamento de ações da JMalucelli Energia. A intenção é captar recursos para a execução de 21 projetos na área, que estão em diversas fases - construção, licenciamento ou prospecção. Hoje haverá uma reunião com diretores, advogados e os dois bancos já contratados para coordenar a operação, o BTG Pactual e o J.P. Morgan, para discutir pontos em aberto e definir os próximos passos.

Além do banco, da seguradora e da construtora, a área de energia era uma das que mais vinham recebendo a atenção do grupo, que entrou no segmento em 2001 e possui uma termelétrica no interior de São Paulo, de 37,5 megawatts (MW), e uma hidrelétrica em Goiás, de 32 MW.

Observamos nos últimos meses o mercado de capitais, que está cada vez mais receptivo e favorável, diz o presidente do conselho de administração da empresa, Alexandre Malucelli, que também é vice-presidente da JMalucelli Seguradora, principal negócio do grupo.

O empresário não revela detalhes de quanto planeja captar no mercado, mas explica que com a entrada do FI FGTS na sociedade, em 2009, com aporte de R$ 300 milhões, a empresa ganhou outro tamanho. O fundo ficou com 40% do capital da empresa de energia. O próximo passo é listá-la, acrescenta.

Segundo ele, entre os projetos a serem executados em diversos Estados há linhas de transmissão, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), subestações e usinas térmicas e eólicas, além de hidrelétricas.

A construtora do grupo executa obras em usinas de energia, como a de Mauá, uma sociedade da Copel com a Eletrosul, em construção no rio Tibagi, no Paraná, e a Colíder, que será erguida no Mato Grosso. O grupo também tem participações em consórcios de energia - possui 1,25% de Belo Monte, no Pará. O estudo para a abertura de capital da controlada da área de energia começou há quatro meses.

A área de energia faz parte da história do fundador do grupo, Joel Malucelli, que foi empregado da Copel, estatal do Paraná, antes de montar negócio próprio, em 1966.

Ele inaugurou a primeira usina, de Espora, em 2006, e tinha como meta chegar a 250 MW até 2012. Os planos foram frustrados, em parte, porque o ex-governador do Paraná Roberto Requião (PMDB) barrou investimentos em PCHs, porque exigia a participação da Copel no negócio para a liberação de licenças ambientais.

Se o plano de lançar ações for levado adiante, será a segunda experiência do grupo no mercado de capitais. A estreia foi em 2007, com o Paraná Banco, para o qual já fez oito programas de recompra de ações, que resultaram na retirada da bolsa de metade dos papéis.

Foi com a expectativa de abertura de capital de outras empresas do grupo que a direção optou por manter o banco na bolsa, apesar do fraco desempenho das ações.

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