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Seguros: Vendas crescem 17,6%

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Faturamento das seguradoras foi a R$ 90,087 bilhões, segundo a Susep, com destaque para desempenho dos planos VGBL, com alta de 21,8%, e da carteira de veículos, que aumentou 15,2%

A atividade de seguros brasileira fechou 2010 com receita próxima da prevista por importantes segmentos do setor. Os dados oficiais sobre o ano, divulgados nesta quinta-feira pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), apontam faturamento de R$ 90,087 bilhões, 17,6% acima do contabilizado em 2009. Já pelos cálculos da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), o mercado fecharia o exercício com prêmios diretos de R$ 88,473 bilhões, expansão de 15,2%, 2,4 pontos percentuais abaixo do realizado.

Os números da Susep, que não incluem o ramo saúde, sob alçada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mostram que houve forte aquecimento das vendas em dezembro, ao atingir o maior patamar do ano: R$ 10,183 bilhões, alta 19,3% ante novembro e de 20,1% sobre igual mês do ano anterior.

O ótimo desempenho das vendas foi favorecido ainda pela queda da taxa média anual da sinistralidade, de 52% para 50%, entre 2009 e 2010. Os sinistros retidos evoluíram bem abaixo da receita, registrando alta de apenas 8,1%, para R$ 22,666 bilhões. Significa que, em 2010, as seguradoras devolveram aos segurados, pessoas físicas e jurídicas, na forma de indenizações, benefícios e resgates, R$ 90,3 milhões a cada dia útil do ano. O índice combinado (receita x despesas) ficou em 93%, recuando 1 ponto percentual frente 2009. O recuo não foi maior porque os gastos administrativos subiram 16,5%, para R$ 8,110 bilhões e as despesas comerciais 21,4%, para R$ 10,478 bilhões.

PERSPECTIVAS. O resultado apurado pelas seguradoras em 2010 não surpreendeu o superintendente da Susep, Paulo dos Santos. Segundo ele, a expansão é tendência que continuará por mais algum tempo. "As perspectivas são as melhores possíveis. Mesmo que não mantenha o acelerado ritmo de crescimento verificado nos últimos anos, não tenho dúvidas de que o incremento do setor nos próximos anos se situará acima da variação do PIB (Produto Interno Bruto)", estima. Ele considera quase certo que a participação da indústria de seguros na composição da economia nacional, hoje abaixo de 4%, cresça substancialmente, alcançando fatia próxima de países desenvolvidos, em torno de 7%.

Em 2010, destacou-se entre os produtos mais importantes o seguro de automóvel, incluindo a cobertura de responsabilidade civil facultativa, que cresceu 15,2% no confronto com 2009. A receita foi a R$ 19,561 bilhões, 21,7% do total. Mas, o VGBL manteve o posto de principal carteira, ao captar R$ 36,704 bilhões, alta de 21,8%. Sem o VGBL, que tem peso de 40,7% sobre o total do mercado, a expansão média da atividade de seguros brasileira baixaria de 17,6% para 14,8%.

No segmento de vida, 17,4% do total, as seguradoras faturaram R$ 15,727 bilhões, 15% a mais do que em 2009. Os destaques da área em 2010 foram o seguro turístico, com crescimento de nada menos que 117,6%, e o prestamista, com aumento de 25%. No grupamento de seguros patrimoniais (8,7% do total nacional), o faturamento chegou a R$ 7,802 bilhões, registrando avanço de 22,2%. Os produtos que mais cresceram foram o de garantia estendida para eletroeletrônicos e aparelhos domésticos, com alta de 67,1%, e o de riscos operacionais, que evoluiu 24,2%.

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