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Aumenta a concorrência em seguro garantia

Fonte: Brasil Econômico

Tokio Marine fecha apólice de R$ 166 milhões para a usina hidrelétrica de Teles Pires, cuja obra soma R$ 3,3 bi

Um dos segmentos de seguro que mais será beneficiado com os muitos projetos de infraestrutura no Brasil será o de garantia que, como o próprio nome sugere, garante o fiel cumprimento de um acordo, na maior parte dos casos um contrato.

Atentas às oportunidades, muitas seguradoras estrearam na modalidade.Amais nova concorrente é a Tokio Marine, que acabou de fechar uma apólice de garantia no valor de R$ 166 milhões da usina hidrelétrica Teles Pires, cujo valor da obra é estimado em R$ 3,3 bilhões.

Em julho do ano passado, a Pottencial, seguradora do banco mineiro de mesmo nome, também começou a atuar no segmento.

Ainda em meados de 2010, foi inaugurada a Austral Seguradora para atuar com seguro garantia e de riscos de engenharia, com um capital inicial de R$ 25 milhões. A canadense Fairfax, que começou a atuar no final de 2009, deu as caras no ano passado com receita de R$ 3,6milhões nessa carteira.

Planos da Tokio "O produto tem crescido muito no mercado brasileiro e apresenta boa rentabilidade", diz Felipe Smith, diretor técnico Corporate da Tokio Marine, justificando o interesse pelo segmento.

Segundo ele, o terremoto ocorrido no Japão semana passada não altera os planos para o carteira de garantia da seguradora japonesa no Brasil.

E nem teria razão, uma vez que a maior parte do risco detido nas apólices de garantia é repassado para resseguradoras (seguradoras das seguradoras).

Dos R$ 737,4 milhões faturados pelas seguradoras no ramo em 2010, apenas R$ 175,1 milhões foram retidos, sendo a outra parte repassada. Das indenizações pagas no período (R$ 84,5 milhões), apenas 20% ficaram a cargo das seguradoras. Por conta disso, fechar um contrato de resseguro é tão importante para as companhias que atuam com garantia. Por restrições de legislação, esses contratos são fechados com resseguradoras locais, companhias estabelecidas e com capital no país.

Smith conta que a seguradora fechou o seguro de garantia da hidrelétrica, mas o arranque da operação mesmo será dado em junho, quando todos os sistemas e processos operacionais estarão prontos. "Vimos a concorrência feita pelo consórcio responsável pela construção da usina (formado por Furnas, Eletrosul, Neoenergia e Odebrecht) como uma oportunidade", diz Smith.

A seguradora pretende ganhar escala fazendo apólices para empresas de pequeno e médio porte,mas também manterá sob o foco grandes projetos, como o da UHE Teles Pires.

"Para emitir apólices com ticket pequeno em escala precisamos de sistema. Por isso, vamos começar a atuar mesmo em junho", explica o diretor.

Agilidade tem se mostrado uma das palavras-chave no negócio de garantia, uma vez que o seguro possibilita que uma empresa possa fazer parte de uma concorrência pública, por exemplo. Foi justamente com o trunfo de emitir apólice de forma online e rápida que a Pottencial entrou no mercado.

Com oito meses de atuação, a seguradora emitiu mais de 10 mil apólices de garantia, com uma importância segurada de R$ 1 bilhão. "Geralmente o mercado emite uma apólice de garantia de um dia para o outro.

Nós conseguimos emitir em quatro horas", conta Fábio Carvalho, diretor técnico da Pottencial. Ele conta que a equipe que subscreve o risco utiliza ferramentas que aceleram o processo. A meta da seguradora é ter uma fatia de 15% do mercado até 2012.

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