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Swiss Re deve perder US$ 1,2 bi com Japão

Fonte: Valor Econômico

A Swiss Re estima que vai enfrentar US$ 1,2 bilhão em pedidos de reparações de danos gerados pelo terremoto e tsunami que atingiram o Japão. Apesar do ano ter começado com conta muito maior, com a Swiss Re já enfrentando cerca de US$ 800 milhões em pedidos de cobertura de dados causados pelo terremoto que atingiu a Nova Zelândia em 22 de fevereiro, um porta-voz da companhia afirmou que a empresa será capaz de lidar com a situação no Japão também.

Podemos absorver as atuais estimativas e ainda manter um significativo excedente de capital, disse ele. O desastre no Japão é um dos mais custosos eventos naturais de destruição da história das seguradoras globais, tendo custado perdas seguradas de US$ 12 bilhões a US$ 25 bilhões, segundo a empresa de modelagem de risco Eqecat.

A estimativa de US$ 1,2 bilhão está acima de nossas expectativas mas abaixo do pior cenário, disse o analista da Vontobel, Stefan Schuermann. A Swiss Re informou que os problemas na usina nuclear de Fukushima provavelmente não vão resultar em perda direta significativa para as seguradoras de propriedade e vida. Ontem, engenheiros restauraram eletricidade aos três reatores da usina e esperam testar as bombas de água da instalação em breve, no primeiro sinal claro de progresso em dias desde o início da crise.

A Swiss Re informou que a estimativa de US$ 1,2 bilhão ainda é muito inicial e espera que o processo de determinar com precisão as perdas deverá levar vários meses. Pedidos maiores de reparação de dados podem atingir o lucro, mas também podem ajudar a elevar os preços que as resseguradoras cobram para assumir riscos de seguradoras se houver mais desastres de grande escala este ano.

A American International Group (AIG) já havia informado, na sexta-feira, que os sinistros decorrentes de desastres naturais, incluindo o terremoto e o tsunami do Japão, deverão custar à seguradora mais de US$ 1 bilhão no primeiro trimestre. A estimativa inclui US$ 700 milhões apenas de danos decorrentes da tragédia no Japão. O restante das despesas são provenientes do terremoto na Nova Zelândia, das tempestades de inverno nos Estados Unidos, das enchentes na Austrália e no Brasil e ainda do ciclone Yasi, que atingiu a Austrália em fevereiro.

A estimativa de perda de US$ 1 bilhão não inclui as atividades de seguros gerais da AIG no Japão, que fazem parte de um fundo de resseguros especiais para casas no país. A companhia informou que possui um fundo de reserva de US$ 500 milhões para o pagamento desse tipo de sinistro. A AIG ressaltou que a estimativa é preliminar e que poderá ser alterada conforme se conheça mais detalhes sobre os danos às residências no país.

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