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Amil mira classe D com plano de R$ 50

Fonte: Brasil Econômico

A partir de maio, grupo lança produto chamado Medial, de coparticipação, cujo objetivo inicial é atingir 200 mil clientes

Françoise Terzian

A partir da próxima semana, o grupo de saúde Amil dá um passo inédito em seus 32 anos de história. O negócio criado pelo médico Edson de Godoy Bueno, com faturamento de R$ 7,8 bilhões no ano passado e Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 606 milhões, estreia sua grade de produtos para a classe D, que será oferecida a um preço mensal a partir de R$ 50, para pacientes de até 18 anos.

O modelo baseado na copar- ticipação, na qual o usuário paga parte da consulta médica, do exame e da cirurgia, chega ao mercado após um ano e meio de testes em um projeto-piloto.

O plano, batizado de Medial, visa atingir 200 mil clientes até o final do ano, segundo Norberto Birman, vice-presidente e diretor corporativo da Amil.

Vale lembrar que, em 2009, a Amil comprou o controle da Medial. O novo plano foi desenhado do zero, portanto não é igual aos produtos oferecidos pela antiga Medial.

O novo produto dará acesso apenas à rede própria do grupo que, hoje, conta com 33 hospitais, cerca de 3,5 mil leitos e 65 centros médicos. Inicialmente, o produto será oferecido em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Brasília e na região Nordeste.

Medial nasce como o plano de saúde mais popular do grupo, que tem 5,3 milhões de clientes distribuídos por um portfólio composto por One Health (para a classe A), Blue (para a B) e Dix (para a C), e um diferencial importante de custo.

Seu valor será 25% inferior em relação à oferta mais barata do grupo na atualidade.

Por trás desta estratégia aparentemente arriscada de oferecer saúde a preços módicos, Birman diz que há a intenção de ganhar escala e sinergia com o restante dos negócios da Amil.

"Como a gente tem uma rede verticalizada de hospitais e centros médicos, eu consigo, dentro da estrutura própria, oferecer o serviço a um custo-benefício mais acessível", afirma.

Ou seja, a estrutura já está montada. O que a Amil terá que fazer é investir na divulgação do produto - com o incomum formato de coparticipação, demandará um trabalho educativo com a população.

Birman explica que quem usar mais os serviços desembolsará um valor mensal maior e vice-versa. Para convencer o cliente a contratar o serviço, uma das armas de Amil é mostrar que, a partir do preço, será possível economizar de duas a três mensalidades por ano.

Seu público alvo hoje é composto por cerca de 25 milhões de brasileiros que, na impossibiliade de desembolsar R$ 100 em um plano de saúde, poderão pagar R$ 75 com o novo Medial.

A entrada no negócio voltado ao público D, explica ele, tem por objetivo trabalhar em cima do conceito "one stop shop", onde o cliente corporativo pode contratar diferentes tipos de produtos em um só lugar.

"Hoje o Grupo Amil não é só uma operadora, mas um sistema complexo de saúde. A ideia é permitir que as empresas escolham um plano para o presidente e outro para o funcionário mais simples em um só lugar", afirma Birman, que também enfatiza que a empresa tem 1 milhão de usuários cadastrados em seu plano odontológico.

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