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Classe alta brasileira tem a versão a risco

Fonte: Brasil Econômico

Na teoria, quanto maior o salário, mais diversificada é a carteira de investimentos.

Isso pode até ser verdade em outros países, mas no Brasil a história é bem diferente. Por aqui, aqueles que têm salários superiores a R$ 4 mil são bastante avessos a riscos e preferem, portanto, alocar os seus recursos em aplicações mais seguras. Segundo levantamento feito pelo Instituto de Pesquisas Fractal com 2.614 pessoas, apenas 5,6% disseram investir em aplicações financeiras de alto risco, como ações - no entanto, 8,8% apresentaram interesse em aumentar a sua exposição a esses instrumentos neste ano. Deste total, 20,2% investem em papéis de empresas e 23,9% alegam que deveriam investir mais, neste ano.

Na outra ponta, aparecem os investidores mais conservadores: 62,9% dos entrevistados possuem aplicações de baixo risco, como poupança e previdência privada, e 66% pretendem aumentar a sua exposição a este tipo de carteira, em2011. "O brasileiro é mal informado, não sabe qual é o risco e foge de renda variável com medo de perder dinheiro", afirma Celso Grisi, presidente do instituto. "Isso explica por que o crescimento das aplicações de renda variável é tão pequeno. Mas acho que parte da culpa é do próprio sistema financeiro que, por inércia, não discute os produtos individuais e é incapaz de ensinar." Ainda segundo a pesquisa, 94,2% dos entrevistados possuem imóvel próprio, e 36% deles pretendem investir em apartamentos e em salas comerciais como forma de renda. "Isso mostra a necessidade de formar patrimônio para garantir liquidez e capital fixo. Na visão deles, isso ajuda até mesmo em casos de desemprego", conta o executivo.

Mas a preferência do público de alta renda é a poupança. Entre os entrevistados, 54% deles preferem alocar os seus recursos na caderneta, que teria rendido no ano, até ontem, 2,19%, seguida pela previdência privada (veja no quadro abaixo).

O levantamento aponta ainda que 85% dos entrevistados possuem cartão de crédito, mas somente 30% deles utilizam crédito rotativo (limite). Já o uso do cheque especial faz parte da rotina de 40%, mas, segundo Grisi, o instrumento serve para cobrir estouros no orçamento por curtos períodos.

A pesquisa foi feita em nove cidades, entre elas, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Brasília, um dado avaliado representativo foi que 79,9% dos entrevistados têm de duas a quatro televisões, em suas residências.

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