Breaking News

Seguradoras oferecem soluções específicas

Fonte: Valor Econômico

Apólice pode ter preço mais baixo do que a de um carro

por Adriana Aguilar

As seguradoras estão correndo atrás do pequeno empresário para mostrar a importância de, no mínimo, uma cobertura básica de incêndio, raio e explosão para os negócios. Não há dados oficiais, mas a estimativa de profissionais do setor é de que apenas um 1 milhão de pequenas empresas tem algum tipo de seguro. Outros 5 milhões de pequenas e médias empresas deveriam, por segurança, ter o básico. Na prática, isso não ocorre.

"O pequeno empresário vai atrás da seguradora quando o assunto é seguro de carro. No caso da cobertura ao próprio negócio, o corretor tem de convencer o pequeno empresário sobre os benefícios da contratação. Por isso, investimos em palestras, cartilhas de conscientização do seguro patrimonial para pequenas empresas.

Muitas vezes, todo a vida do executivo está na empresa, sem proteção alguma", diz o diretor gerente da Bradesco Auto\/RE Companhia de Seguros, Marco Antonio Gonçalves.

Alto custo da cobertura básica para a pequena empresa não serve de justificativa. Enquanto um seguro para um automóvel motor 2.0 varia, em média, de R$ 2 mil a R$ 2,5 mil, conforme a região do deslocamento do veículo e perfil do motorista, a cotação de um seguro patrimonial para micro empresa (fabricante de esquadrias, por exemplo) ficaria em R$ 1.160 ao ano, incluindo no pacote coberturas para incêndio, raio e explosão (indenização máxima de R$ 1 milhão), lucro cessante por seis meses (indenização máxima de R$ 100 mil) e pagamento de aluguel do imóvel por seis meses (indenização máxima de R$ 50 mil) Com um quinto do valor de indenização do exemplo anterior, um pet shop que contratou um seguro patrimonial básico (cobertura para incêndio, raio e explosão, cobertura de lucro cessante e de aluguel, ambos pelo período de seis meses), pagaria o prêmio de R$ 466,79. O ticket médio do prêmio para o seguro empresarial para negócios de pequeno e médio portes fica em torno de R$ 1,4 mil na Bradesco Seguros.

O seguro empresarial é direcionado a estabelecimentos comerciais, prestadores de serviço e atividades fabris com riscos de até R$ 8 milhões. Além da cobertura básica de incêndio, raio e explosão, há 20 outras coberturas. "Sem custo adicional, é disponibilizado ao segurado a Assistência Empresarial Dia e Noite para serviços de emergência como eletricista, encanador, chaveiro, vigilância e vidraceiro, entre outros", diz Gonçalves Há quatro anos, com o menor número de empresas, a penetração do seguro empresarial nos pequenos e médios negócios era de 10%. Atualmente, o percentual evolui para 16%. Daqui a cinco anos, o número de empresas seguradas poderá representar 25%. Por isso, os corretores são mais pró-ativos nesse segmento, afirma Gonçalves.

No Itaú Unibanco, o ticket médio do seguro com coberturas básicas para a pequena e média empresas fica entre R$ 1 mil e R$ 3 mil de prêmio ao ano. "Esse nicho de mercado representa cerca de 40% da carteira de pessoa jurídica e ainda há potencial para crescer mais", diz a superintendente de produtos para pequena e média empresa do Itaú Unibanco, Rebecca Posella Eva. Em 2011, o volume de prêmios do seguro empresarial para pequena e média empresas teve crescimento superior a 50% em relação ao mesmo período de 2010.

Sem custo adicional ao seguro empresarial contratado, o Itaú Unibanco oferece serviços preventivos que podem ser solicitados uma única vez por vigência de contrato da pequena empresa. Faz parte da lista: colocação de fechadura tetra, instalação de interfone, limpeza de ar condicionado, verificação de extintores, suporte para problemas relacionados ao computador (help desk), entre outros. Algumas atividades exigem visita da seguradora.

"Funciona como uma consultoria, pois avaliamos o risco da empresa e sugerimos a adoção de serviços de proteção", afirma Rebecca. Atualmente, é comum encontrar pacotes de produtos empresariais com coberturas moldadas à necessidade específica do cliente (restaurante, padaria, bar, hotel, consultórios, escolas, consultórios, entre outros). O pacote de cobertura é estruturado de acordo com a rotina do negócio. "Crescemos 30% em prêmios em 2010 sobre 2011, apostando nos produtos de nic h o", diz o vice-presidente comercial da Sul América Seguros, Matias de Ávila.

Nessa direção, as seguradoras planejam soluções diferenciadas para a conquista de mais segurados também no segmento vida. Em geral, o seguro de vida garante a indenizaçãoemcaso de morte acidental ou natural e invalidez por acidente ou doença. O potencial de penetração dos seguros de vida para os funcionários de micro e pequenas empresas também é enorme.

"Os produtos existem e estão aí. A maior dificuldade, logística e de custo, é chegar aos pequenos negócios espalhados por diferentes regiões do país. É feito o mesmo trabalho de convencimento para o pequeno empresário e para o grande empresário. Só que a diferença está no prêmio recebido", afirma o gerente de produtos de vida empresarial da Icatu Seguros, Bernardo Dieckmann.

"O crescimento no último ano da carteira foi de 30% ao ano. A expectativa para 2011 é ter um crescimento ainda maior." O produto de vida mais simples para a pequena empresa recebe o nome de capital global. A apólice é contratada no nome da empresa e os funcionários que compõem o grupo têm o mesmo capital segurado individual.

Compra-se R$ 100 mil para 20 funcionários. O valor de indenização será de R$ 5 mil no caso de um falecimento, por exemplo. O valor médio do seguro de vida, na modalidade capital global, para uma empresa com cinco funcionários varia de R$ 50 a R$ 70 por mês, afirma.

As seguradoras oferecem soluções personalizadas às empresas, permitindo até que o funcionário escolha o seu próprio capital individual. "Mesmo que a empresa não participe do seguro de vida, a cobertura pode ser contratada pelos funcionários e até estendida ao cônjuge. Sem esquecer que também há produtos específicos para os profissionais liberais", diz Matias de Ávila, da Sul America Seguros.

Nenhum comentário

Escreva aqui seu comentario