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Catástrofe japonesa deve elevar apólice em até 10%

Fonte Jornal do Comercio -RS

As suspeitas de que a catástrofe no Japão, em março, causaria um aumento no preço dos seguros no Brasil, assim como em todo o mundo, deverão se confirmar, e a alta já tem até tamanho: 10%. Resseguradoras internacionais vêm aumentando os preços de apólices, de forma a recuperar os prejuízos obtidos no Japão e se precaver para outros desastres naturais. Ao renegociar contratos com empresas de resseguros, as seguradoras brasileiras vêm encontrando valores mais elevados.

"Por ora, os valores reajustados ainda não foram repassados aos clientes, mas provavelmente serão nos próximos meses", afirma Mikio Okumura, membro do Conselho de Administração e diretor da Marítima Seguros S/A. Na quinta-feira, o executivo participou de um workshop no Sindicato das Seguradoras no Rio Grande do Sul (Sindseg-RS) para analisar o impacto no mercado segurador do terremoto e do tsunami ocorridos no Japão.

Os pedidos de sinistros somaram US$ 20 bilhões no país asiático, e as companhias de resseguros absorveram grande parte desse montante. Apenas a Munich-Re, uma das maiores empresas do setor, pagou US$ 4 bilhões. Como o cálculo para definir preços dos novos seguros é global e leva em conta o histórico recente de perdas e ganhos, a recuperação de preços será diluída entre todos os mercados.

O aumento no valor de seguros será sentido em apólices corporativas, como proteção de patrimônio ou de obras de infraestrutura - modelos que exigem mais aporte financeiro e demandam parceria com resseguradoras. As pessoas físicas não perceberão encarecimento nos seguros de seus carros ou casas, por exemplo. "O seguro individual não será afetado", diz Okumura.

Além da catástrofe no Japão, outros fenômenos naturais têm contribuído para os reajustes dos resseguros. Os tornados nos Estados Unidos, cuja devastação irá superar a registrada no ano passado, também contribuem. Por outro lado, Okumura explica que é possível que as seguradoras segurem a alta por mais tempo ou absorvam os reajustes das seguradoras, devido ao crescimento dos negócios nos últimos anos e ao acúmulo de capital.

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