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JLT passa a atuar de forma mais agressiva no Brasil .

Fonte: Revista Cobertura

Após alterar a imagem de empresa conservadora, JLT passa a replicar experiência para outros países e almeja elevar produção da unidade brasileira dentro do resultado global da Jardine

Por Carol Rodrigues

Com faturamento superior a US$ 1 bilhão em 2010, a maior corretora da Europa e Ásia, Jardine Lloyd Thompson (JLT) notou que uma de suas operações tinha um grande potencial de negócios. Entretanto, mudanças eram necessárias, principalmente para romper com a postura conservadora que o mercado tinha da empresa. Tratava-se da JLT do Brasil Corretagem de Seguros, pertencente a uma rede de corretoras presente em 130 países, com mais de 120 escritórios próprios e parceiros.

"Em função das novas demandas, a corretora precisava de um alinhamento maior com as estratégias de nossa matriz, além de a própria operação de resseguros no Brasil estar em outro patamar. A empresa sempre atendeu muito bem os seus clientes, mas sua posição estava aquém de onde deveria estar", lembra Roberto Dana, profissional com 25 anos de experiência no mercado de seguros, que assumiu a presidência da corretora há dois anos, justamente para encampar as mudanças.

O trabalho foi desenvolvido após conversas com clientes e seguradoras, juntamente com novas contratações, tais como diretorias de benefícios e comercial. A decisão foi romper com o modelo de negócios baseado somente nos produtores internos.

A ação também está alinhada com uma série de fatores presentes no ‘novo mercado’. Roberto Dana elenca alguns como o fato de os clientes não serem mais tão fiéis quanto antes, os produtos terem ciclos de vida mais curtos e a maior exigência dos colaboradores. "A empresa tem de estar estruturada para atender melhor com o melhor preço. Para isso, é necessário ter excelência e contar com os melhores colaboradores para atender conjuntos de demandas e dar retorno para acionistas".

Guinada

Com o mantra de oferecer ao cliente o melhor serviço e com agilidade, a JLT iniciou uma nova fase cujos primeiros resultados foram apresentados um ano depois.

Segundo Dana, a corretora iniciou um processo de crescimento mais acelerado das operações no Brasil, no que se refere às suas receitas. Em 2009, a corretora registrou crescimento em torno de 20% em termos de comissões e, em 2010, atingiu 30%. Já quanto ao volume em prêmios, chegou a R$ 400 milhões em 2009, e, no ano passado, a cerca de R$ 700 milhões.

O presidente destaca que as linhas de negócios que puxaram o desempenho foram Benefícios, Ramos Elementares (Marine e Transportes), Riscos de Engenharia e Riscos Diversos – Equipamentos.

"Após a reestruturação, começamos a construir em bases sólidas e estruturamos as unidades de negócios", assinala o executivo, ao lembrar que hoje a corretora possui cinco unidades de negócios - Benefícios, Técnica e Relacionamento com Clientes, Escritório no Rio de Janeiro, Departamento de Loss Prevention e Médias e Pequenas empresas/Personal Lines.

Novo posicionamento

Atualmente, de acordo com Dana, a unidade brasileira da JLT é a que mais obtém destaque dentre as operações da Jardine no mundo. "Em função das mudanças, passamos a ser uma operação extremamente importante para desenvolver e implementar projetos recém-lançados na Inglaterra. E a partir de nossa experiência, eles são replicados para outras operações", informa Dana, ao lembrar que a JLT Brasil teve o maior crescimento percentual nos últimos dois anos dentro do grupo.

Segundo ele, o crescimento do grupo na América Latina é puxado por Brasil, Colômbia e Peru. E, diante do destaque do país, está incluso no planejamento da companhia ultrapassar a operação asiática da corretora. "Nossa meta para 2011 é muito agressiva. Estamos com um time muito bom e preparados para crescer muito mais este ano. As nossas metas internas são muito agressivas em função do potencial que temos hoje. Esperamos atingir cerca de 35% a 40% de crescimento no comissionamento", prevê Dana, que aposta na área de benefícios como alavancadora deste desempenho. "Este é um segmento importante que, com certeza, gerará bons negócios para a JLT. Implementamos uma plataforma de consultoria em benefícios que só dois países na operação da JLT usam além do Brasil", comenta Dana, que afirma também apostar na área de infraestrutura e affinity.

Em breve, a JLT do Brasil disponibilizará por meio de sua área de Affinity, uma plataforma de seguros pela web, a JLT On-line. "A plataforma eletrônica na Inglaterra é muito forte e em dois meses estará em operação no país", ressalta.

Para crescer ainda mais em solo brasileiro, a corretora avalia possíveis oportunidades de aquisições de corretoras de nicho, que agreguem valor à sua operação e também novas áreas e serviços à companhia.

Representatividade mundial

A Jardine Lloyd Thompson pertence à Jardine Matheson Holding, fundada em 1832 com matriz em Hong Kong (China), que conta com mais de 260 mil funcionários e faturamento superior a US$ 36 bilhões.

O Grupo JLT é uma empresa de capital aberto, listada na Bolsa de Valores de Londres com 30 anos de experiência, e posicionada como uma das cinco maiores corretoras corporate de seguros do mundo.


A unidade brasileira foi fundada em 1989 e hoje é uma das cinco maiores corretoras de seguros corporativos do país, conta com mais de 140 colaboradores e é um dos maiores brokers de resseguros do país. (Edição 112)

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