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Novas soluções no Seguro de Vida

Fonte: Monitor Mercantil


por  Jairo Waitman

Alguns dizem que o Brasil galopa a passos largos para um futuro brilhante. Outros acreditam que já é fato presente. Particularmente creio que a afirmação vale para alguns setores. Como médico não me sinto de todo confortável para discorrer sobre outras áreas que não a minha.

A medicina brasileira, de difícil definição, parte de hospitais de ponta em alguns centros, com profissionais de primeiríssima ordem, muito bem equipados e mantidos, até outros que, sem dúvida alguma, não deveriam receber vidas humanas. Mas esta é uma publicação de seguros! Há mais de 20 anos temos participado do processo de aceitação de riscos em seguro saúde e vida. Isto através de palestras, realização de exames médicos e consultorias. De maneira muito crítica afirmo que, pelo conhecimento que adquirimos com o passar desses anos, temos muito para transformar!

No seguro de vida corporativo foram criados diversos mecanismos pelos quais as seguradoras conseguem se resguardar de maiores perdas. No seguro de vida individual as seguradoras sempre atuaram no modelo “tal proponente interessa ou não”, com a subscrição baseada em tabelas formatadas há muitos anos.

Com a chegada das resseguradoras globais, uma revolução cultural está em andamento. E deixou de ser apenas teórica na medida em que as seguradoras tiveram que lidar com fatores comerciais importantes. O que fazer com aqueles casos (que não são poucos) nos quais os proponentes não apresentam saúde perfeita? Como manter os corretores interessados e fidelizados? Como lidar com a perda de novos negócios no seguro de vida corporativo, com o risco de alguém importante (no contexto do grupo) apresentar determinada doença? Como subscrever esses riscos médicos? Como tarifar esses casos? São muitas as perguntas. E o mais incrível é que existem respostas.

Respostas que, basicamente, passam pelo aprendizado dos modelos já existentes no exterior e adaptá-los ao nosso mercado. Tarefa árdua, porém possível. As soluções estão batendo às nossas portas e já estão sendo implementadas.

O aprimoramento técnico dos subscritores e atuários nas seguradoras, o fornecimento de ferramentas de subscrição pelas resseguradoras, a coleta de informações médicas através da realização de exames médicos e laboratoriais, as tele-entrevistas médicas (tele-underwriting), as coletas de informações financeiras por diversas maneiras tais como auditores especializados (double check), são exemplos claros que as soluções realmente já estão disponíveis a todos.

Tudo sem mencionar as novas ferramentas de TI. Outra possibilidade, se bem que complexa, seria a criação de um banco de dados entre seguradoras no qual informações seriam trocadas a todo tempo, diminuindo consideravelmente o risco de fraudes. Finalmente, num cenário seguinte, todos se beneficiariam, ao ver as seguradoras realizando uma melhor subscrição com seus colaboradores mais especializados, redução do número de sinistros, mais proximidade com os corretores, melhores taxas junto às resseguradoras e, acima de tudo, uma relação mais justa com os clientes finais. Abordaremos o assunto de telessubscrição no próximo artigo.

* Jairo Waitman – diretor Médico da Samplemed, gastroenterologista membro da Sociedade Brasileira de Medicina de Seguro (SBMS), da Sociedade Americana de Seguros e da Sociedade Americana de Underwriters e um dos pioneiros em telessubscrição no Brasil

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