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Para analistas, governo acabará mudando regras

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Depois de 40 dias de vigência das medidas que mudaram as operações de resseguro no País, analistas apostam que o Ministério da Fazenda acabará revisando as regras que limitaram a 20% o repasse para o exterior de riscos de resseguro entre empresas do mesmo grupo e tornaram obrigatória a oferta de, pelo menos, 40% dos negócios nessa área para as resseguradoras locais, com sede no Brasil.

Segundo o presidente do Lloyds Brasil, Marco Antonio Castro, várias entidades do mercado de seguros brasileiro já enviaram propostas de mudanças para os órgãos reguladores.

"A expectativa é a de que o governo acabe admitindo que é necessário aprovar novas normas para regular essa questão", revelou o executivo em evento promovido, quarta-feira última, no Rio de Janeiro, pela Associação Brasileira de Gerência de Riscos (ABGR) com o apoio da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg).

Marco Antonio Castro acrescentou que ainda não há consenso no mercado com relação à possibilidade de tais medidas se refletirem no preço final do seguro e do resseguro.

Lembrou, contudo, que as resseguradoras locais sofrem naturalmente pressão dos acionistas para darem retorno ao capital investido.

"Vamos ver se o calor da competição entre as (resseguradoras) locais poderá impedir aumentos de preços", assinalou.

No mesmo evento, o vicepresidente da Aon Benfield Re, Francisco Pinho, sugeriu que o IRB Brasil Re, do qual já foi diretor, ou outra resseguradora local, assuma o compromisso de aceitar os 40% impostos pela legislação e, em seguida, retroceda parte dos riscos para os demais operadores. "Dependendo do que estabelece a sua política interna, o IRB pode fazer isso. De qualquer forma, essa possibilidade também tem seus custos associados", disse o executivo.

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